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Coletânea de Causos

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Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.

Política

Lula sobre conversa com Trump: `disse que ele tinha sido mal informado´

Está no Brasil 247

 Durante entrevista à Rádio Piatã FM nesta quinta-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou detalhes de sua recente conversa com o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Lula, o diálogo foi surpreendentemente cordial e marcou o início de uma nova fase nas relações diplomáticas entre os dois países.

O presidente relatou que a aproximação começou com um rápido encontro entre os dois líderes durante a Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, seguido por um telefonema no dia do aniversário de 80 anos de Lula. Lula destacou o tom amistoso da conversa e afirmou que o diálogo abriu espaço para um relacionamento mais equilibrado entre Brasília e Washington.

“Te confesso que fiquei surpreso com o resultado da conversa, porque era uma coisa que parecia que não iria acontecer, parecia impossível. Nós nos encontramos rapidamente no salão de espera lá na ONU e tivemos uma conversa de 30 segundos e ele disse que ‘pintou um clima’. O dado concreto é que ele me telefonou e no telefonema havia uma expectativa de que ia ter muita discussão”, contou Lula.

De acordo com o presidente, o telefonema ocorreu de maneira “gentil e civilizada”, e os dois trocaram elogios em tom descontraído. “Ele me ligou da forma mais gentil que um ser humano pode lidar com o outro. Eu o tratando de forma civilizada e ele me tratando de forma civilizada. Ele não sabia, mas eu estava completando 80 anos no dia que ele telefonou”, relatou.

Lula aproveitou o contato para propor uma comunicação mais direta entre os dois. “Eu disse para ele: ‘presidente, precisamos nos tratar sem liturgia. Você me chama de ‘você’ e eu chamo você de ‘você’. Afinal de contas, estou completando 80 anos hoje e você vai fazer 80 anos no dia 14 de junho. Então somos dois senhores de 80 anos, presidimos as duas maiores democracias do Ocidente e precisamos passar para o resto do mundo cordialidade, harmonia, e não discórdia e briga’”, declarou.

O presidente afirmou que aproveitou a ocasião para tratar de questões comerciais e pedir a revisão das tarifas impostas aos produtos brasileiros. “Eu falei com ele aquilo que eu deveria falar, que era preciso retirar taxação dos produtos brasileiros, que ele tinha sido mal informado”, disse Lula, em referência à atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do jornalista Paulo Figueiredo, que articularam as sanções contra o Brasil junto ao governo norte-americano.

Segundo o petista, o telefonema também abriu caminho para novos diálogos entre as duas administrações. “Ainda ontem a pessoa que ele indicou, que é o secretário de Estado, Marco Rubio, ligou para o meu ministro Mauro Vieira, talvez comecem a ter conversas a partir de agora, e vamos ver se a gente começa a se acertar”, revelou.

Lula enfatizou que o Brasil busca uma relação amistosa e de cooperação com os Estados Unidos, sem abrir mão da soberania nacional. “O Brasil não quer briga com os Estados Unidos. O Brasil quer paz e amor. Quer crescer e se desenvolver. Nós não temos contencioso com nenhum país do mundo e não queremos ter. E os Estados Unidos, é uma aliança de 201 anos, uma coisa muito forte. Queremos manter uma relação boa, democrática, civilizada, respeitosa, sem abrir mão do nosso conceito de democracia e da nossa soberania”, afirmou.

Lula adotou um tom bem-humorado ao comentar a conversa com Trump, dizendo que o norte-americano “deve ter saudade do café, do suco de laranja…”. Em seguida, reforçou que o foco do governo é cuidar do povo brasileiro. “Independente dos produtos, o que é importante é o seguinte: o mundo está muito conturbado, nervoso. As pessoas estão ficando desacreditadas. O que precisamos mostrar para as pessoas é eficiência, compromisso com as pessoas. Por isso eu não governo o Brasil. Eu cuido do Brasil”, concluiu.


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