Artigo

Mauro Cid era o celular de Bolsonaro

por Alex Solnick, no Brasil 247

As mensagens e os documentos golpistas não tinham Mauro Cid como destinatário final. Foram enviados ao celular do ajudante de ordens para ele repassar ao chefe visualmente. Afinal, ajudante de ordens é para essas coisas.

Em razão disso, Bolsonaro não poderá dizer à Polícia Federal que não sabia da trama. Se disser, estará mentindo.

E, se sabia e não mandou parar, está envolvido nela até o pescoço, o que o sujeita a altas penas de prisão, o que jamais ocorreu com um ex-presidente da República. 

Também é fato que jamais um ex-presidente da República deixou tantos indícios de crimes durante o mandato, sobretudo o de conspiração contra o estado democrático de direito.

É inútil quebrar o sigilo do celular de Bolsonaro. Lá não há nada comprometedor. 

O celular dele era o Mauro Cid. 

* Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais “Porque não deu certo”, “O Cofre do Adhemar”, “A guerra do apagão” e “O domador de sonhos”

Foto reproduzida da Internet

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