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Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) viram sinais de “desespero” e “cansaço” no ato realizado por Jair Bolsonaro neste domingo (29) na Avenida Paulista, em São Paulo. A avaliação foi publicada pelo Valor Econômico, que apontou o esvaziamento da manifestação como um indicativo do desgaste político do ex-presidente e de sua base, em meio ao avanço das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.

O ato ocorreu poucos dias depois de o ministro Alexandre de Moraes ter determinado o prazo final para que Bolsonaro e outros integrantes do chamado “núcleo crucial” da trama golpista apresentem suas alegações finais. A previsão é de que o caso vá a julgamento em setembro. Um dos ministros do STF afirmou que os discursos do palanque revelaram um “tom desesperado”, enquanto outro avaliou que os bolsonaristas estão dando sinais de “cansaço” diante da repetição das pautas, como a defesa da anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023.

No palanque, Bolsonaro afirmou ser alvo de perseguição e disse que pode ser vítima de uma “covardia”, referindo-se a uma possível condenação pelo Supremo. Também pediu aos apoiadores que elejam “50% dos parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal”, alegando que, com isso, “nem preciso ser presidente”.

Discursos inflamados marcaram a manifestação. O pastor Silas Malafaia, um dos principais aliados do ex-presidente, atacou duramente o ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de “ditador” e incentivando os manifestantes a entoarem o coro de “assassino” contra o magistrado. Já o senador Magno Malta (PL-ES) chamou a ministra Cármen Lúcia de “tirana”, criticando seu voto no julgamento que responsabilizou plataformas digitais por conteúdos que propagam desinformação e ódio.

Foto reproduzida da Internet