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A conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro ao sair do hospital DF Star, em Brasília, no último domingo (14), virou alvo de questionamentos do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi revelada pela CNN Brasil. O ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal, em até 24 horas, apresente um relatório explicando “o motivo de não ter sido realizado o transporte imediato após a liberação médica”.

Bolsonaro, que está em prisão domiciliar, foi autorizado a deixar sua residência com escolta para a realização de cirurgias dermatológicas. Após o procedimento, no entanto, permaneceu por mais de cinco minutos em frente às câmeras, em silêncio, enquanto sua equipe médica concedia declarações à imprensa. O episódio ocorreu diante de apoiadores e da cobertura jornalística, o que levantou suspeitas de que a cena teria sido encenada para gerar repercussão midiática.

Repercussão no STF

Bolsonaro chegou ao hospital por volta das 8h e recebeu alta às 14h. Antes de entrar no veículo que o levaria de volta para casa, no Jardim Botânico, ficou imóvel diante dos repórteres, reforçando a percepção de que buscava visibilidade política. Assessores de Moraes lembraram que, em situações semelhantes, já houve aplicação de sanções. Um exemplo citado foi a multa de R$ 20 mil imposta ao ex-assessor Filipe Martins, condenado por envolvimento em trama golpista, após aparecer em vídeo quando estava proibido de usar redes sociais.

O relatório médico encaminhado ao STF aponta que Bolsonaro apresentou quadro de anemia e sinais de pneumonia recente. Além disso, foram removidas oito lesões de pele, que passarão por análise laboratorial. A escolta da Polícia Penal acompanhou o ex-presidente durante todo o trajeto de ida e volta ao hospital, sendo que o deslocamento de volta ao condomínio durou cerca de 25 minutos.

Histórico e tensões judiciais

Esta foi a primeira vez que Bolsonaro deixou sua residência desde que foi condenado pelo Supremo e submetido ao regime de prisão domiciliar. Para interlocutores do tribunal, a exposição diante das câmeras reforça a percepção de que o ex-presidente tenta transformar compromissos médicos em eventos políticos, mesmo sob restrições impostas pela Justiça.

Foto reproduzida da Internet