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Coletânea de Causos
Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.
Continuando a série de memórias de O baú de um repórter relembro o dia em que decidi fazer um caderno especial para comemorar os 13 anos do ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente]. Trabalhava no Diário de Natal como sub-editor de Cidades. Na minha época o jornal sempre se interessou por temas ligados a problemática da criança e do adolescente chegando a ganhar dois ou três prêmios da Fundação Ayrton Senna pela cobertura da temática infanto-juvenil. Vamos aos fatos:
O caderno especial sobre os 13 anos do ECA
Interessado na problemática infanto-juvenil resolvi ir a Albimar Furtado, diretor-geral do jornal consultá-lo sobre a viabilidade de fazer o caderno, e se possível com publicidade. Ele me deu carta branca. A publicidade ficaria por conta do jornal, ou seja, eu iria trabalhar apenas a parte editorial do tablóide a ser encartado no DN no dia da comemoração dos 13 anos do ECA. Topei o desafio. Eu mesmo iria apurar as matérias, produzir os textos e editar o caderno. Teria que ter tempo pra isso, afinal, tinha apenas trinta dias pela frente.
Mas com todas as dificuldades decidi assim mesmo fazer o caderno. O que fiz. Como trabalhava a tarde na redação, tinha a manhã livre para apurar as matérias. Precisava apenas de um fotógrafo e pegar carona no carro da reportagem. Acertado tudo fui à luta. Em Natal não tive nenhuma dificuldade para apurar os assuntos que me interessavam. Os contatos eram feitos com antecedência e as matérias iam sendo produzidas dentro do cronograma que estabeleci. À tarde na redação sempre que tinha tempo ia adiantando o material. As fotos eram separadas no laboratório para quando chegasse o dia de editar o caderno não ter nenhum problema.
Decidi também fazer uma matéria no interior do estado, em Jardim de Piranhas, região Seridó onde as famílias costumam colocar os filhos menores para trabalhar no tear de redes. Uma prática condenada pelo Ministério do Trabalho mas que até hoje sobrevive. Achei que dava uma matéria muito interessante entrevistando os pais, as crianças e os responsáveis pela produção de redes. Ocorre que no dia marcado para ir a Jardim de Piranhas estava com a perna direita imobilizada. Tinha feito uma cirurgia resultado de um rompimento parcial do tendão. Mas fui mesmo assim.
Peguei carona no carro da reportagem que iria para uma outra cidade do interior próximo a Jardim de Piranhas. Não tinha fotógrafo me acompanhando nesse dia. Levei a minha própria máquina fotográfica. O resultado foi que rendeu uma bela matéria. As fotos não ficaram lá muito boas, mas deu para aproveitar uma. Ótimo. Material todo produzido enfim chegou o dia da edição.
Como já tinha escolhido as fotos foi fácil editar o caderno. Na capa, um mapa do Brasil com várias fotos formando uma espécie de mosaico. Com 16 páginas o caderno especial circulou encartado conforme o combinado dentro do jornal no dia em que se comemorou os 13 anos do ECA, apesar de só ter um anúncio, da Fiern [Federação das Indústrias do Estado]. Mesmo assim, valeu a pena. Tenho até hoje guardado um exemplar. Como jornalista me orgulho desse trabalho.
Obs do blog: Quem quiser conhecer outras memórias de O baú de um repórter é só ir em BUSCA na coluna à direita do blog e acessar uma palavra-chave.
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