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Baú de um Repórter

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Coletânea de Causos

Que causos são esses, Barbosa?

Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.

Editorial, Geral, O Baú de um Repórter

O baú de um repórter

Vou me reportar hoje sobre um fato triste mas que como jornalista não poderia deixar de contar. Isso ocorreu em meados de 1997 na cidade de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, Rio Grande do Norte. Era correspondente da Radiobrás no estado. A emissora tinha um programa chamado “Revista Nacional”, comandado direto da Rádio Nacional em Brasília pelo colega Walter Lima. Hoje, salvo engano, o nome do programa é “Revista Brasil”. Os correspondentes participavam ao vivo da programação com flachs sobre as principais notícias de seu estado. Vamos ao fato:

O dia em que o Rio Grande do Norte conheceu o seu “serial killer”

Eram por volta das 8h30 quando fui chamado pelo Walter Lima para entrar no ar. Ele me deu bom dia e me perguntou o destaque dos jornais. Exatamente na hora a polícia militar e civil estavam na caça de um serial killer, um ex-soldado do Exército que durante um período de 14 horas, matou 17  pessoas em São Gonaçalo do Amarante. Seu nome: Genildo de França, que preferiu o suicídio a ter que se entregar a polícia.

Eu acompanhava toda a operação policial sintonizado na Rádio Cabugí, uma emissora de Natal que deslocou repórteres e técnicos para São Gonaçalo do Amarante para acompanhar direto todo o desfecho do caso. Quando o Walter me chamou dei em primeira-mão para todo o país. O “Revista Nacional” tinha uma grande audiência principalmente em Brasília onde se tem muitas pessoas de vários lugares do país. Walter Lima procurou saber detalhes. Como estava com o rádio ligado na medida em que as informações iam fluindo eu também as repassava a ele. Demorei nesse dia uns 5 minutos no ar. O normal era na faixa de 1 minunto a 1,5 minuto. À tarde o Jornal Hoje da Globo deu em destaque com a matéria sendo complementada no Jornal Nacional. Mas quem acompanhou o noticiário da Rádio Nacional nesse dia já estava sabendo da chacina desde cedo.

O caso marcou tanto na crônica policial do Rio Grande do Norte que acabou virando um documentário. Recentemente  a unidade natalense da rede de cinemas Cinemark, instalada no Praia Shopping,  promoveu a estréia do documentário sobre Genildo, que se tornou o primeiro “serial killer” do Rio Grande do Norte. A chacina foi notícia até no “The New York Times”.

Obs do Blog: Quem desejar conhecer outras memórias deste escriba é só ir em BUSCA na coluna à direita do blog e digitar uma palavra-chave.

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