Editorial, O Baú de um Repórter, Política

O baú de um repórter

Nesses meus 25 anos de jornalista tive a oportunidade de presenciar muitas coisas que infelizmente não foram registrados pela imprensa. Uma das cenas que vi enquanto coordenador de imprensa do segundo governo Garibaldi no Rio Grande do Norte, e que me marcou para sempre, foi a despedida de Garibaldi quando deixou o governo em meados de 2002 para concorrer pela terceira vez ao Senado. Vamos ao fato:

O dia em que Garibaldi deixou o governo e se despediu dos funcionários

Era uma quinta-feira, salvo engano. José Wilde, secretário de Comunicação do governo do estado me chama na sua sala. “Barbosa”, diz Wilde, “vamos acompanhar o governador e mandar fazer fotos que ele vai se despedir dos funcionários da Governadoria”. Recebido o recado chamo Ivanízio Ramos [fotógrafo] e vamos para a ante-sala do governador. Isso era por volta das 9h. Não demora muito Garibaldi acompanhado de alguns assessores e o secretário-chefe do Gabinete Civil, professor  Luiz Eduardo Carneiro Costa, começa a percorrer sala por sala se despedindo dos funcionários. Em cada sala que entrava e falava que estava naquele momento deixando o governo era um chororô. Garibaldi era muito querido na Governadoria.

O hoje senador da República não deixou de ir nem na cantina da Governadoria para se despedir da dona do estabelecimento. Todos queriam abraçá-lo e desejar sorte na sua investida ao Senado. Alguns saiam até das salas para acompanhá-lo na sua andança pela Governadoria. Parecia até que já estava em campanha. Todos queriam tirar uma foto com o governador. Foi muito trabalho para Ivanízio.

Na saída da Governadoria, Fernandes, seu motorista até hoje, já o aguardava na Pajero do governo do estado ao pé da rampa. Garibaldi, em grande estilo, desceu a rampa da governadoria acompanhado pelos funcionários. Antes de entrar no carro outros abraços e muito choro. Ao voltarmos para a sala de imprensa – os jornalistas todos da assessoria fizeram questão de ir deixar o governador na rampa -, bateu a saudade de um tempo que certamente não se repetirá mais.

Obs do Blog: O web-leitor que quiser conhecer outras memórias deste repórter é só ir em BUSCA na coluna à direita do Blog e digitar uma palavra-chave tipo baú.

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2 Responses to O baú de um repórter

  1. Caio Varela disse:

    Gostaria de ver Garibaldi mais uma vez Governador antes de encerrar sua carreia política, quem sabe isso não acontece a partir de 2011.

    Abraço Barbosa!!

  2. Carlos A. Barbosa disse:

    Muito boa tarde Caio. Valeu amigo pelo abraço. Quanto a Garibaldi ser novamente governador é difícil, mas não impossível. Na política nada mais me surpreende.

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