Editorial, Geral, O Baú de um Repórter

O Baú de um Repórter

Das minhas memórias da redação do tempo em que era editor de Economia do Diário de Natal e fechava uma página semanal sobre a agropecuária potiguar, uma reportagem eu guardo até hoje na lembrança. Trata-se de uma matéria que fui fazer sobre a Mata da Estrela, uma reserva ambiental que preserva resquícios da Mata Atlântica, tanto no que diz respeito a sua flora como também a sua fauna. Vamos ao fato:

O dia em que fui fazer uma reportagem sobre a Mata da Estrela

Sempre curti a natureza. Quando fui editor de Economia do DN e editava uma página sobre a agropecuária me interessei em fazer uma matéria sobre a Mata da Estrela, uma reserva ambiental que fica no município de Baía Formosa, litoral norte do Rio Grande do Norte, quase divisa com a Paraíba. Salvo engano a Mata da Estrela é mantida pela empresa Estivas, uma usina de açúcar de um grupo pernambucano.

Já tinha ouvido falar nessa reserva ambiental. Não tinha nada a ver com a agropecuária, mas por se tratar de um resquício de Mata Altâncita, coisa rara no Brasil, e envolver a fauna e a flora achei que merecia uma matéira, até porque na época poucos a conheciam.

Liguei para o Idema [Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do estado] e marquei com um técnico especializado na Mata Atlântica para irmos ao local fazer a reportagem. A página sobre a agropecuária denominada de DN/Rural circulava no Diário de Natal sempre as quintas-feiras no caderno de Economia do jornal. Agendamos para fazer a matéria numa terça-feira.

Dia e hora marcados fomos a Mata da Estrela. O carro da reportagem teve que ficar à beira da estrada que dá acesso a praia de Baía Formosa. A Mata da Estrela se localiza próximo a praia. Pegamos uma das trilhas que dá acesso à mata. O técnico do Idema foi me explicando as espécimes de árvores e bichos que tem na Mata da Estrela. As borboletas eram cada uma mais lindas do que a outra. Algumas árvores de Pau-Brasil ainda podem ser encontradas por lá. Mas o que me chamou mais a atenção foi a lagoa da Coca-Cola. O nome se deve ao fato dela ter uma água escura, da cor do refrigerante que leva esse nome. Segundo o técnico do Idema a cor escura era devido a um tipo de alga que a lagoa tinha. Cercada de vegetação nativa a lagoa realmente é muito bonita.

Voltando pra redação com todas as informações colhidas e, claro, fotos que Joana fez – fotógrafa do jornal – as mais diversas, me empolguei em fazer a matéria. Certamente aquela reportagem foi a primeira sobre a Mata da Estrela, que hoje se tornou uma reserva ambiental para visitação pública. Nunca mais esqueci dessa reportagem pela beleza natural da região. Quem não conhece sugiro conhecer. Vale a pena!

Obs do Blog: O web-leitor que quiser conhecer outras memórias deste repórter é só ir em BUSCA na coluna à direita do Blog e digitar uma palavra-chave tipo baú.

Compartilhe:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *