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Foca no jargão jornalístico é aquele repórter que está em início de carreira ou pra ser mais preciso o estagiário de Redação. Pois muito bem, eu, claro, também fui foca. Um fato me marcou na condição de foca. Vamos ao caso:
O dia em que o editor-geral rasgou a minha matéria e jogou na lata do lixo
Estava iniciando a minha vida de jornalista no jornal Diário de Natal na condição de foca. Antes, havia passado pela Redação da antiga Rádio Poti, hoje Rádio Clube. Comecei no DN na editoria de Cidades. No primeiro dia de estágio fui pautado para fazer uma matéria. Não lembro o assunto. Entusiasmado com o primeiro dia de trabalho na Redação de um jornal sai para apurar o assunto que havia sido pautado. Na verdade tratava-se mais de uma reportagem com entrevistas com três pessoas.
Retonando à Redação sentei na minha mesa e comecei a datilografar o texto. Naquela época ainda se usava a velha Olivetti. Aliás, até hoje tenho uma Remington portátil em casa como lembrança daqueles tempos. Faz parte do meu “museu do jornalismo”. A Remington e uma máquina fotográfica semi-automática Yashica FX-D Quartz. São duas grandes relíquias.
Bem, voltando ao assunto: Empolgado com a matéria fiz o texto todo em caixa alta [letras maiúsculas]. Acostumado a escrever para o Rádio onde os textos são em caixa alta, não me lembrei que estava escrevendo para o jornal. Conclusão: Quando acabei de escrever toda a reportagem entreguei o texto à colega Margarethh Martins – Megue, como era carinhosamente conhecida na Redação a chefe de reportagem. Ela olhou e disse que tinha que ser em caixa baixa [letras minúcuslas], mas, mesmo assim resolveu mostrar o texto para o editor-geral, João Neto, já falecido. Ele assim que olhou e viu que o texto estava em caixa alta nem leu mais a matéria. Rasgou a folha e jogou na lata do lixo e disse pra refazer tudo o que tinha feito em caixa baixa.
Esse fato faz parte das minhas memórias de Redação que guardo até hoje. Isso, no entanto, não me desestimulou. Na verdade, aprendi muito com João Neto, um profissional experiente e um dos responsáveis pela minha indicação para a editoria de Política, quando passei a cobrir a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte.
Obs do Blog: O web-leitor que quiser conhecer outras memórias deste repórter é só ir em BUSCA e clicar uma palavra chave tipo Baú
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