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No jornalismo a gente tem que estar preparado pra tudo. Há ocasiões que mesmo não estando à vontade temos que fazer o máximo para não deixar cair a peteca principalmente quando se está representando uma autoridade. Vamos ao fato:

O dia em que representei o governador numa solenidade da Maçonaria

Era eu coordenador de imprensa no final do segundo governo Garibaldi Alves (PMDB) no Rio Grande do Norte. Garibaldi havia sido convidado para uma homenagem ao jornalista Ticiano Duarte, maçon e grande amigo do governador. Impossibilitado de ir escalou o secretário de Comunicação Social jornalista José Wilde. Avesso a festas e badalações Wilde me chama e diz: Barbosa você foi escalado para representar o governador. Fui pego de surpresa. Argumentei que tinha outro compromisso, mas não houve jeito.

Era um jantar num hotel na Via Costeira, em Natal. Podia levar acompanhante. Fomos eu e minha esposa para a missão que me foi passada por Wilde. A única coisa que sabia era que Ticiano Duarte iria ser homenageado. Chegamos ao local e sentamos numa mesa isolada. Não esperava ser chamado para compor a mesa do homenageado.

A solenidade tem início e o locutor vai chamando os representantes de cada órgão público convidado para sentar-e na mesa principal ao lado do homenageado e do presidente da maçonaria. Como representante do governador, claro, fui convocado – eu e minha mulher – a compor a mesa. Nessa hora me veio um calar frio. Pensei:  Será que vou ter que falar alguma coisa. Não tinha nada por escrito e muito menos na cabeça sobre a eventualidade de ter que falar.

Mas o tempo foi passando e os únicos que falaram, salvo engano, foram alguns maçons e o homenageado, jornalista Ticiano Duarte. O jantar começou a ser servido e escapei de pagar um mico. Até hoje não esqueço o calar frio que tive naquele momento em que fui convidado a compor a mesa.

Obs do Blog: O web-leitor que quiser conhecer outras memórias deste repórter é só ir em BUSCA na coluna à direita e digitar uma palavra-chave tipo Baú