Geral, O Baú de um Repórter

O Baú de um Repórter

Costumo dizer que jornalista é aquele sujeito que pensa que sabe tudo mas está sempre aprendendo. E é verdade. A profissão exige que estejamos sempre atualizados e, portanto, aprendendo. Vamos ao fato:

Alfredo Lobo, um jornalista com quem aprendi muito

Alfredo Lobo era um desses sujeitos carrancudos – digo era porque ele já faleceu -, e quem não o conhecia parecia chato. Conheci Lobo na Redação do jornal Diário de Natal. Embora não tivéssemos muita empatia – eu era secretário de imprensa do Sindicato dos Jornalistas – e ele não simpatizava muito com sindicalista, aprendi muito com ele.

Exigente no trabalho Lobo lutou pela melhoria dos salários dos repórteres na época em que esteve como diretor de Redação do DN. Era um cara que não admitia erros. Chamava qualquer repórter de jornalista. Não chamava pelo nome. Algumas regras básicas no texto jornalístico devo a ele. Exemplos. Quando você se refere a um determinado mês não precisa colocar em mês tal aconteceu… Segundo ele ao se relacionar a janeiro subentende-se que janeiro é um mês, e aí não precisa colocar a palavra mês.

Outra coisa que aprendi com Lobo. Nunca numa matéria a foto deve vir abaixo do texto. A foto tem que ser ou à esquerda ou acima do texto. Outra: Se houver necessidade de mais de uma foto na página a ser editada estas devem ser equilibradas, ou seja, se forem bonecos – aquela foto só com a cabeça do entrevistado – elas têm que estar de forma proporcional para a página não ficar desequilibrada. Enfim, foram regras simples que aprendi e que procuro sempre colocá-las em prática quando estou numa Redação.

Além disso, Alfredo Lobo que era irmão de Luiz Lobo, outro grande profissional que chegou a dirigir a TV-U em Natal na década de 1980, era um desses jornalistas perfeccionistas. Para o jornal sair, tudo, absolutamente tudo, tinha que está de acordo como manda o figurino de modo a agradar o leitor. Se alguma coisa saísse errada no outro dia era bronca na certa. De Lobo, apesar de não haver empatia entre a gente, guardo boas lembranças como profissional.

Obs do Blog: O web-leitor que quiser saber de outras memórias deste repórter é só ir em BUSCA na coluna à direita e digitar uma palavra-chave tipo Baú

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