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Editorial

O bolsonarismo chega a ser uma coisa abjeta

Para ficar mais claro: “coisa abjeta” é uma expressão que pode significar algo que não tem dignidade, que é desprezível ou vil. Por exemplo, “um homem abjeto” é um homem que é repelido com desprezo e que é digno de ser repelido. Neste caso, pode-se aplicar ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), e ao candidato a prefeito de São Paulo, o bolsonarista Pablo Marçal (PRTB), ambos de extrema-direita.

Não pensem que Bolsonaro e Marçal são diferentes. O que está por traz da troca de farpas entre o ex-presidente e o empresário e influenciador é o fato de que a disputa pela Prefeitura de São Paulo na eleição de outubro tornou-se um dilema antes improvável para Bolsonaro e seu grupo político.

Enquanto o ex-presidente declarou formalmente apoio ao atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), um nome tem dominado os comentários de seus seguidores nas redes sociais: Pablo Marçal, o candidato do PRTB.

“Sou Bolsonaro e estou com Marçal”, escreveram dezenas de eleitores do ex-presidente nas redes sociais.

Há cerca de um mês, antes de sua inesperada ascensão nas pesquisas eleitorais, o coach e empresário de extrema direita Pablo Marçal (PRTB) confidenciou a um interlocutor que disputar a prefeitura de São Paulo não era o seu verdadeiro objetivo. “Eu quero é ser presidente da República”, teria confidenciado Marçal, de acordo com a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo.

Na semana passada, em entrevista ao programa Brasil Agora, da TV 247, o historiador Fernando Horta afirmou que Marçal busca se mostrar um outsider mais preparado do que Jair Bolsonaro (PL) visando disputar a Presidência da República em 2026. Horta explicou que Marçal está repetindo a tática usada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) em seus primeiros anos, utilizando ferramentas digitais para disseminar uma narrativa distorcida e atacar adversários.

Em uma reunião que contou com a presença de governadores da oposição, dirigentes partidários e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez uma exigência direta a Flávio sobre o crescimento de Pablo Marçal (PRTB) nas pesquisas eleitorais para a Prefeitura de São Paulo. Segundo a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, Tarcísio destacou que Marçal precisa ser “segurado”, e que tem perdido cerca de 2 mil seguidores por dia nas redes sociais devido ao avanço do coach de extrema direita.

Portanto, é bom ficar atento porque se Pablo Marçal for eleito prefeito de São Paulo, certamente será candidato a presidente da República.

O fascismo ainda está vivo no Brasil e proliferando. Fato!

Foto: Carta Capital

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