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Coletânea de Causos

Que causos são esses, Barbosa?

Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.

Artigo

O dia em que um estadista global fez um tirano fascista se render

por Bepe Damasco, no Brasil 247

Sobe à tribuna para abrir a assembleia, prerrogativa que cabe ao Brasil desde 1947, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. 

E Lula exibe seu brilho retórico habitual com um discurso combativo, corajoso e ao mesmo tempo propositivo, que não deixa de fora nenhum tema de interesse global atualmente.

Crítica às sanções arbitrárias ao Brasil, reafirmação de que a soberania e a democracia do nosso país são inegociáveis, denúncia do genocídio em Gaza, alerta para as ameaças ao multilateralismo, defesa da transição energética justa para os países em desenvolvimento, reforma do Conselho de Segurança da ONU, refundação da OMC e taxação dos super-ricos do mundo para combater a fome. Nada que importa e aflige o planeta escapou da abordagem de Lula. Uma honra para o Brasil. 

Foi aplaudido. 

Depois, também seguindo a tradição que garante aos EUA o segundo discurso, chega a vez do presidente dos EUA, Donald Trump. Com apenas poucos minutos de sua fala, o mundo já pôde perceber o fosso entre os dois governantes, a enorme distância que separa um líder de expressão mundial com sólidas convicções democráticas, como Lula, de um déspota mediocre, autoritário, negacionista e isolacionista, como Trump.

Chegou a ser constrangedor.

Depois de gastar grande parte do seu tempo com autoexaltações mentirosas, padrão típico da extrema-direita, como a que ele pôs fim a sete guerras e merece o Prêmio Nobel da Paz, Trump atacou as políticas de imigração da ONU e deu um show de reacionarismo e obtusidade em questões relacionadas ao clima e aos direitos humanos.

Até aí tudo dentro do esperado.

Mas o balde de água gelada no bolsonarismo veio no fim do discurso . Para a surpresa geral, Trump disse que gosta de Lula, pretende fazer negócio com ele, que abraçou o presidente brasileiro, sentiu uma ótima química entre eles e que acertou com Lula um encontro para a semana que vem.

Claro que tudo que Trump diz está sujeito a chuvas e trovoadas, pois lhe falta um mínimo de credibilidade e coerência. É, antes de tudo, um bravateiro, um mentiroso.

Aconteça o que acontecer, porém, o episódio crava uma estaca no peito do bolsonarismo, que apostou todas as suas fichas na exclusividade do canal de negociações com Trump, para cometer crimes de traição ao Brasil.

Grande dia!

*Bepe Damasco é jornalista e editor do Blog do Bepe

Foto: Reprodução/UN Photo/ND

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