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Coletânea de Causos
Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.

por Luís Costa Pinto, no portal Brasil 247
Não eram raros os genuínos espíritos democratas tomando conta dos corpos e das biografias de mulheres e de homens públicos no início das Legislaturas de 1987 (a 47ª da História da República), aquela que nos legou a Constituição de 1988, e a imediatamente posterior, de 1991 (a 48ª). Nesta última, deputados e senadores driblaram a Revisão Constitucional (um erro!), assistiram ao povo derrotar nas urnas, em plebiscito, a proposta de instituição do Parlamentarismo e promoveram o único impeachment legítimo de nossa historiografia política.
Se havia um Paulo Maluf ou um Roberto Cardoso Alves nos plenários e nos debates da Assembleia Nacional Constituinte, a confrontá-los tínhamos Ulysses Guimarães, Lula, Mário Covas, Nélson Jobim, Sigmaringa Seixas, Fernando Henrique Cardoso, José Genoíno, Cristina Tavares, Fernando Lyra, Ibsen Pinheiro, Nélson Carneiro, Bete Mendes, José Serra, Pedro Simon entre outros.
Em 1992, quando se tornou incontornável o afastamento do primeiro presidente eleito depois da ditadura militar, Fernando Collor de Mello, muitos daqueles constituintes ainda abrilhantavam o Parlamento e viram chegar ao Congresso nomes como o José Dirceu, Darcy Ribeiro, Miro Teixeira, José Paulo Bisol, Eduardo Suplicy e Roseana Sarney. À maneira deles, preservando suas formas de atuar nas trincheiras democráticas, puseram as próprias trajetórias a serviço da consolidação institucional e do firmamento das bases republicanas.
Claro que havia quem negociasse com a política e se fazia negócio no Congresso. Porém, era pungente o número de senhoras e de senhores democratas. Hoje, não.
Em 1992, quando se tornou incontornável o afastamento do primeiro presidente eleito depois da ditadura militar, Fernando Collor de Mello, muitos daqueles constituintes ainda abrilhantavam o Parlamento e viram chegar ao Congresso nomes como o José Dirceu, Darcy Ribeiro, Miro Teixeira, José Paulo Bisol, Eduardo Suplicy e Roseana Sarney. À maneira deles, preservando suas formas de atuar nas trincheiras democráticas, puseram as próprias trajetórias a serviço da consolidação institucional e do firmamento das bases republicanas.
Claro que havia quem negociasse com a política e se fazia negócio no Congresso. Porém, era pungente o número de senhoras e de senhores democratas. Hoje, não.
Os 594 deputados e senadores iniciam uma nova Legislatura num Congresso inflamado pelo levante golpista de 8 de janeiro de 2023, o Dia da Grande Infâmia brasileira, e num Parlamento já marcado pela obtusidade do debate em razão do deprimente viés de extrema-direita que a maioria da Casa tem. Arthur Lira, um negocista de truz pontifica na Câmara Baixa e um enfraquecido Rodrigo Pacheco viu-se obrigado a entregar latifúndios de poder para tentar se preservar no cargo. O País precisa que ao menos um parlamentar abrace a causa democrática e vacine o poder republicano contra o golpismo atávico que tomou conta de nossa cambaleante cultura política.
*Luís Costa `Pinto é jornalista, editor da Plataforma Brasília. Vice-presidente da ABMD (Associação Brasileira de Mídia Digital)
Foto reproduzida da Internet
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