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Editorial

Os governos, as acomodações políticas e a comunicação

Fim de segundo mandado e com mais a outra metade pra ser cumprida os governos – estaduais e federal -, já pensam nas eleições de 2026, quando muitos governantes serão candidatos a reeleição ou vão deixar seus cargos para concorrer a um cargo eletivo – deputado ou senador -, e aí já se começa a pensar nas acomodações políticas visando os atuais e futuros aliados.

Estratégias já começam ser pensadas e alguns pontos chaves nas administrações estaduais e federal podem ser mudadas, caso, por exemplo, do governo Lula que tenciona fazer uma reforma ministerial, e até mesmo o governo da professora Fátima Bezerra, no Rio Grande do Norte. É de praxe que ocorram algumas mudanças.

Contudo, repito o que já disse em outra oportunidade também em editorial aqui no Blog, se o PT não repensar sua estratégia principalmente a da comunicação estará fadado a ser sucumbido pela direita e extrema-direita.

No caso do governo Fátima, não por culpa da sua assessoria de comunicação que tem produzido releases e mais releases, além de vídeos e áudios, mas, pelo forte aparato midiático que o senador Rogério Marinho (PL-RN) conta principalmente nas emissoras de rádio, para se contrapor ao governo. Uma guerra midiática em que a direita e extrema-direita estão vencendo. Fato!

A governadora Fátima Bezerra se utiliza da internet para levar as ações de seu governo à população, mas só isso não adianta. Rede social é uma bolha e aí é chover no molhado. É preciso usar o rádio intensamente como faz a oposição, para fazer chegar as ações de governo aos quatro rincões do Rio Grande do Norte.

Muitas vezes as estratégias de comunicação na internet são equivocadas e podem gerar burburinhos nas redes sociais. No rádio o político tem a oportunidade de falar diretamente com o ouvinte, caso das entrevistas e num programa de rádio divulgar o que tem sido realizado no governo. Esse modelo de comunicação deu certo no Rio Grande do Norte, e nos últimos governos só a governadora Fátima Bezerra não utilizou, ao menos nos dois primeiros governos seu.

A título de ilustração do que pode gerar uma comunicação errada, publiquei um artigo do jornalista Alex Solnick, no Brasil 247, sob o título “Só faltou o sanfoneiro”. Diz Solnick:

-Quando vi o vídeo de Lula com Galípolo, três fatos me fizeram pensar.

Primeiro: trazer o futuro presidente do Banco Central ao Palácio da Alvorada para dizer que ele será independente, fornece argumentos para as más línguas espalharem exatamente o contrário. Lula poderia dizer o que disse, mas sem Galípolo presente, porque ele ali, ao lado de ministros, passa a impressão que faz parte do governo.

Segundo: o chapéu Panamá e seu traje, em mangas de camisa, querem dizer que Lula ainda não assumiu totalmente suas funções.

Terceiro e mais grave: o cenário. Não foi uma boa ideia gravar na biblioteca que ficou marcada nas lives de Bolsonaro.

E arrematou dizendo no final do texto que “uma imagem pode estragar dois anos de discursos”.

Foto: Assecom/Gov RN

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