E-book

Baú de um Repórter

O blog cria um novo espaço pra relembrar causos e editoriais, clique aqui para acessar o e-book.

Política

Pedidos de urgência para projetos mais antigos na Câmara estão há 15 anos na gaveta

Está no Blog da Ana Flor

Câmara dos Deputados tem atualmente 1.177 pedidos de urgência no plenário, com os mais antigos tendo sido protocolados em 2010, ou seja, estão há 15 anos parados.

A decisão de pautar um pedido de urgência é individual e exclusiva do presidente da Câmara, ou seja, o poder está com Hugo Motta (Republicanos-PB).

Por conta disso, Motta vem sofrendo pressões de todos os lados: governo, parlamentares da oposição e situação e, claro, do próprio Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda julga envolvidos na tentativa de golpe de Estado que culminou no 8 de janeiro.

São 1.038 pedidos prontos para que a urgência seja votada – destes, seis esperam desde 2010 para serem analisados pelo plenário.

Temor de retiradas

O líder do Partido Liberal (PL), Sóstenes Cavalcante, protocolou nesta segunda-feira (14) o pedido de urgência para o projeto da anistia.

A oposição conseguiu 262 assinaturas – pouco mais do que os 257 apoios necessários – contando com a ajuda de partidos da base do governo Lula (PT).

A decisão do líder do PL se deu porque o governo se movimentava para pressionar parlamentares a retirar seus nomes da lista. Após o protocolo, não é mais possível retirar nomes individualmente. A única possibilidade é a retirada integral da proposta de tramitação, o que depende do apoio de metade mais um dos deputados que assinaram originalmente o requerimento.

Para que a urgência seja aplicada ao projeto da anistia, será preciso que o pedido seja aprovado pelo plenário da Câmara. A aprovação também depende de, no mínimo, 257 votos favoráveis.

No entanto, Hugo Motta (Republicanos-PB), atual presidente da Câmara, já indicou a aliados que não tem intenção de colocar o texto para votar – e, no momento, o destino do pedido de urgência deve ser a gaveta.

A ministra Gleisi Hoffmann (PT) já disse também ter confiança de que Motta não vai dar andamento ao projeto.

Nesta semana, Motta está fora do Brasil, em viagem particular. Mesmo com o primeiro-vice-presidente, Altineu Cortes (PL-RJ), que é do partido de Bolsonaro, no comando da Câmara, há um acordo para esperar para que o colégio de líderes volte a discutir o assunto, depois da Páscoa.

Foto reproduzida da Internet


Compartilhe:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *