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A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (28), uma nova etapa da operação que apura um suposto esquema de venda de sentenças judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo o jornal O Globo, a nova fase tem como alvo os possíveis “mandantes e eventuais coautores” do assassinato do advogado Roberto Zampieri, executado em dezembro de 2023.

Segundo a PF, Zampieri desempenhava um papel central nas investigações que revelaram, inicialmente no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, um mecanismo de comercialização de decisões judiciais, posteriormente rastreado até o STJ. 

Foi a partir da análise do telefone celular do advogado que os investigadores localizaram provas de pagamentos de propina a desembargadores e assessores de ministros da Corte Superior. As investigações apontam que uma organização criminosa teria contratado um grupo especializado em espionagem e execuções por encomenda para matar Zampieri.

Nesta fase da operação, os agentes cumprem um total de 15 ordens judiciais: cinco mandados de prisão preventiva, quatro de monitoramento eletrônico e seis de busca e apreensão. As diligências ocorrem nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. Também foram determinadas medidas cautelares, como a retenção de passaportes dos investigados. As ações foram autorizadas pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que conduz o inquérito por envolver magistrados com foro privilegiado.

Foto reproduzida da Internet