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Editorial

Pura coincidência ou tal qual lá e cá?

Como pode uma juíza da Flórida encerrar um processo no qual o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, era acusado de reter em sua própria casa documentos sensíveis à segurança nacional ? Assange foi acusado pelos EUA de vazar documentos oficiais e chegou a ficar preso em Londres, sem poder entrar nos Estados Unidos.

Como pode um ex-presidente que teve seus direitos políticos cassados por colocar em xeque o processo eleitoral, no caso Bolsonaro, e ser investigado por tentativa de golpe de Estado e montar uma Abin Paralela não ter ainda prisão preventiva decretada?

As perguntas acima são pertinentes porquanto os últimos acontecimentos envolvendo os dois personagens, Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e candidato a reeleição, e Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente do Brasil com direitos políticos cassados por um período de 8 anos, se mostrarem muito parecidos.

Os dois políticos, ultraconservadores, têm histórico de vida pública idênticos, desde a invasão do Capítólio por seus admiradores, após ter perdido a eleição para Joe Biden, até o suposto atentado ainda não bem explicado, no caso de Trump, e desde a “Fakeada” em juiz de Fora que o levou à presidência do Brasil, numa disputa acirrada com o hoje ministro da Fazenda, Fernando Haddad, até a tentativa de golpe com a invasão dos Três Poderes – Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto -, no caso de Bolsonaro. Os dois continuam livres, leves e soltos para continuar plantando mentiras nas redes sociais e fazer discursos para seus admiradores.

No que diz respeito ao ex-presidente brasileiro, após a absolvição do senador Sergio Moro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acusado de abuso de poder econômico para se eleger, surgiram dúvidas sobre o risco de anistia para Jair Messias Bolsonaro no caso de sua prisão por tentativa de golpe de Estado. Até prova em contrário, o Supremo pedirá, sim, a prisão do ex-presidente. Caso contrário, não haverá mágica política que possa salvar a democracia e o sistema de Justiça se Bolsonaro não virar presidiário em 2024.

Em editorial, ainda em janeiro deste ano, o blog publicou que o então presidente do TSE, Alexandre de Moraes, havia dito que no 8 de janeiro de 2023 não houve baderna, mas sim uma tentativa de golpe de Estado, e da mesma forma o ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo, disse que a “responsabilidade política” de Bolsonaro pela tentativa de golpe observada em janeiro é “inequívoca”, somadas as declarações do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, de que havia vontade de golpe, mas chefes militares não aderiram. Daí se dizer que a prisão de Jair Messias Bolsonaro se trata de um imperativo ético, até porque, não se planeja golpe de Estado se não tiver alguém pra tomar o poder.

Quanto a Donald Trump, se observa um absurdo:

Trump pode disputar as eleições e governar o país se for condenado à prisão? A resposta unânime dos nove juristas consultados pela revista eletrônica Insider é: sim, ele pode.

O argumento é que não há nada na Constituição dos EUA que proíba um prisioneiro de se candidatar a presidente. As únicas exigências constitucionais são as de que o candidato seja nascido nos EUA; tenha pelo menos 35 anos de idade; e seja residente no país nos últimos 14 anos. Nada mais. E Trump já é oficialmente o candidato Republicano às eleições americanas em novembro.

Não à toa Bolsonaro bate continência para Trump!

Imagens reproduzidas da Internet

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