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por Carlos Alberto Barbosa

A pergunta do título deste artigo se faz pertinente, porquanto teremos nas eleições deste ano no Rio Grande do Norte, ao menos, dois legítimos representantes do bolsonarismo. Me reporto aos ministros Rogério Marinho, que deverá ser o candidato ao Senado de Bolsonaro no estado, e Fábio Faria, jogado num canto de carroceria pelo patrão e que deverá tentar a reeleição como deputado federal.

Sem um palanque formalizado, ainda, no Rio Grande do Norte com um candidato pra chamar de seu a governador na sucessão estadual, Fábio Faria e Rogério Marinho, ao menos por enquanto, seguem carreira-solo à espera de um “boi de piranha” para servir de escada as suas pretensões.

Em todo caso, com ou sem um governador pra chamar de seu, tanto Rogério Marinho como Fábio Faria enfrentarão dificuldades no discurso eleitoral. Rogério Marinho foi relator da reforma trabalhista que retirou ganhos dos trabalhadores, que vão desde salários menores a zero de direitos, e mais benefícios aos empresários. Fábio Faria, por sua vez, é filho do ex-governador Robinson Faria, que deixou quatro folhas salariais em atraso do funcionalismo público estadual.

Será muito difícil os dois ministros bolsonaristas também defenderem o patrão num palanque ou mesmo no programa eleitoral. O negacionismo do presidente no combate a pandemia da Covid-19 puxou Bolsonaro pra baixo nas pesquisas de intenção de voto. Tanto assim que a estratégia do “Capitão” de voltar a atacar o sistema eleitoral – e abandonar, por ora, os ataques públicos à vacinação – foi um movimento calculado e aconselhado pelos integrantes do grupo que coordena sua reeleição. Um perigo essa estratégia, diga-se de passagem. O Supremo está de olho!

Contudo, os ataques as vacinas é muito recente para o eleitor esquecer e Rogério Marinho e Fábio Faria vão ter que rebolar muito para tentar dar explicações. A coisa tá tão difícil pro bolsonarismo no RN, que até pra encontrar um candidato a governador pra fazer de escada aos seus projetos políticos pessoais, tá complicado. E o pior: nenhum dos dois ministros quer colocar a cabeça a prêmio numa eventual disputa ao governo do estado.

A conferir!

Foto reproduzida da Internet