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Coletânea de Causos

Que causos são esses, Barbosa?

Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.

Artigo

Qual o real poder de influência dos debates junto aos eleitores (as)?

por Carlos Alberto Barbosa

O presidente do Instituto Vox Populi, sociólogo Marcos Coimbra, contestou  recentemente em entrevista à TV 247, do portal Brasil 247, o poder dos debates e dos programas eleitorais sobre a influência que exercem sobre os eleitores. Segundo Coimbra, “em lugar nenhum do mundo debate resolve a eleição. Há ampla evidência internacional que mostra que as pessoas que assistem a esse tipo de debate são as que se interessam pelo assunto e exatamente por isso chegam lá decididas.”

Na visão do estudioso no assunto, o reduzido período de campanha midiática reduz as chances de transmitir ao povo informações suficientes sobre os candidatos: “Na televisão, vamos ter uma eleição que vai durar 30 dias, e os candidatos pouco mais de três minutos. Tem sentido isso? É tão limitada que os candidatos mais destacados vão ter 5 minutos. Não há tempo para apresentar os programas de governo, elaborados pelas equipes com antecedência. O fato é que as pessoas vão chegar no dia 2 de outubro sabendo de Lula o que elas sabem hoje. Sabendo de Bolsonaro o que elas sabem hoje.”

De fato, concordo com Marcos Coimbra. Sempre disse aqui neste espaço que debate com mais de dois candidatos acaba virando palanque eleitoral com lavagem de roupa suja e pouca, pouquíssima informação sobre programas de governo. E acaba o candidato que está na frente virando “saco de pancada”. A bem da verdade debate só serve para os marqueteiros aproveitarem os melhores momentos de seus contratantes e os piores momentos dos adversários de seus contratantes para colocar no programa eleitoral e, evidentemente, as claques que costumeiramente aparecem nos eventos. Ah, serve também pra render manchetes de jornais, portais e blogs.

Me reporto ao que o presidente do Instituto Vox Populi falou porque a coordenação da campanha de Fátima Bezerra (PT), governadora do Rio Grande do Norte candidata a reeleição, cancelou a sua participação no debate a ser promovido nesta segunda-feira (5) pelo jornal Tribuna do Norte com os candidatos a governador. De acordo com nota distribuída à imprensa na tarde do domingo (4), a coordenação da campanha de Fátima justificou a sua não participação no evento com o argumento do tempo exíguo faltando menos de 30 dias para o pleito decidindo, assim, priorizar o contato direto da candidata com a população em todas as regiões do RN.

Está corretíssima a coordenação de campanha de Fátima Bezerra. E aí repito o que afirmou Marcos Coimbra: “há ampla evidência internacional que mostra que as pessoas que assistem a esse tipo de debate são as que se interessam pelo assunto e exatamente por isso chegam lá decididas.” Faltando menos de trinta dias para o pleito o universo de indecisos é muito pequeno se comparado a quem já decidiu o voto. Não é o debate que vai modificar isso. Melhor mesmo é fazer o corpo-a-corpo junto ao eleitor (a) e mostrar a ele (a) cara a cara suas propostas, até porque Fátima Bezerra já é conhecida do eleitor (a) e se está na frente de todas as pesquisas de intenção de voto é porque o povo confia nela.

A coordenação da campanha de Fátima Bezerra lembrou ainda que “o tempo de campanha é exíguo, de apenas 45 dias, e que a governadora permanece no exercício do cargo à frente do executivo estadual, diminuindo ainda mais sua disponibilidade”. Enquanto isso os seus adversários fazem campanha o dia todo. Portanto…

Só pra concluir faço a seguinte pergunta: porque a Globo decidiu fazer sabatinas com os candidatos à Presidência da República no primeiro turno já há algumas eleições? Porque o hor´ario é propício no Jornal Nacional quando a audiência sobe, deixando o debate para um eventual segundo turno, aí sim, com dois candidatos.

Foto reproduzida da Internet

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