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Está no g1
A Polícia Federal chegou até o assessor parlamentar Jackson Renei Aquino de Souza, de 38 anos, preso em flagrante com R$ 700 mil, após comunicado do Banco Central que alertava sobre movimentações financeiras suspeitas na conta dele.
Segundo o documento, Jackson havia recebido R$ 2,45 milhões via PIX de duas empresas ligadas a um ataque hacker contra instituições financeiras. Ele também é corretor de imóveis e trabalhava na Assembleia Legislativa de Roraima (Ale-RR).
Segundo a PF, as transferências foram as seguintes:
O g1 tentou contato com as empresas, mas não havia recebido resposta até a última atualização desta reportagem.
O caminho do dinheiro até Jackson
O furto aplicado contra as instituições bancárias é investigado pela operação Magna Fraus, da Polícia Federal em São Paulo. A investigação teve como ponto central a identificação de um grupo criminoso especializado em furtos mediante fraude e invasões de sistemas eletrônicos – a quantia desviada pode chegar a R$ 800 milhões.
Antes de chegar à conta de Jackson, o dinheiro passou por pelo menos quatro empresas. Segundo a PF, os valores têm origem em furtos virtuais ocorridos em 30 de junho de 2025, contra três instituições financeiras.
Instituições atacadas:
Fluxo do dinheiro
Do BID:
Da BMP SCMEPP e da Credialiança CCR:
Transferências finais:
Ainda não está clara qual foi a participação direta de Jackson no ataque hacker. Ele é investigado pela PF por suspeita de lavagem de dinheiro.
O que diz Jackson Renei
Em depoimento à PF, Jackson afirmou que não conhecia as empresas SIS Pagamentos e Serviços Financeiros Ltda e Bank Ben Pagamentos Ltda, responsáveis por enviar o dinheiro para a conta dele.
O investigado alegou que os valores eram de um garimpeiro venezuelano com quem, na condição de corretor, negociava a compra de uma fazenda em Roraima. A operação, segundo ele, foi intermediada por outro homem. Disse ainda que usou a própria conta bancária para receber os valores porque havia promessa de lucro na transação.
No entanto, para a PF, Jackson não poderia alegar desconhecimento sobre a origem ilícita do dinheiro. A delegada do caso entendeu que o comportamento dele se enquadra no que é chamado de “cegueira deliberada“, quando alguém, mesmo podendo e devendo saber de uma irregularidade, opta por ignorá-la de forma consciente.
“Jackson podia e devia conhecer as circunstâncias, posto que é corretor de imóveis, técnico no assunto com o qual trabalha”, cita trecho do documento ao qual o g1 teve acesso.
“Ficou claro em seu depoimento que ele deliberadamente evita confirmar que está envolvido em atividade ilícita, para, justamente, poder alegar ignorância. Esta ignorância, no entanto, é intencional de quem sabe que está fazendo errado e quer se locupletar da oportunidade mesmo assim”, destacou o relatório da PF.
Jackson foi exonerado do cargo de assessor parlamentar que ocupava na Assembleia Legislativa de Roraima nesta quarta-feira (23), mesmo dia em que passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada.
A exoneração dele foi publicada no Diário da Ale-RR e assinada pelo Superintendente de Gestão de Pessoas, Claudemi Alves. Ele trabalhava com o deputado Neto Loureiro (PMB).
Na Ale-RR, ele era assessor parlamentar comissionado do deputado Neto Loureiro (PMB). À PF, ele disse que recebia o salário de R$ 4 mil na Assembleia e R$ 10 mil mensais como corretor.
Procurada, a defesa dele disse que não se manifesta publicamente sobre nenhum caso.
Em nota, Neto Loureiro disse que Jackson estava de férias e que “não compactua com qualquer tipo de ato ilegal.” Já a Ale-RR afirmou que “não pode ser responsabilizada por atos praticados pelo servidor fora de suas funções institucionais.”
Foto reproduzida da Internet
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