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Coletânea de Causos

Que causos são esses, Barbosa?

Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.

Artigo

Reforma Trabalhista de Rogério Marinho só beneficiou empresariado

por Carlos Alberto Barbosa

O Farmacêutico do SUS no RN, membro da Comissão Intersetorial de Recursos Humanos e Relações do Trabalho e da COFIN do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Jr, postou em sua conta no twitter o seguinte comentário:

O Globo deflagra, em editorial, campanha em defesa da “Reforma Trabalhista”. Não cita o impacto da retomada da economia pós auge da pandemia, a revisão dos critérios para definição do desemprego e a inclusão de estagiários e informais, entre outros, no rol dos “empregados”.

Pertinente a sua observação, quando sabemos que as Organizações Globo, da família Marinho, após entrar em vigor a famigerada Reforma Trabalhista, que teve como relator o então deputado federal, Rogério Marinho, hoje pré-candidato ao Senado pelo Partido Liberal do presidente Jair Bolsonaro, promoveu uma enxurrada de demissões tanto na TV Globo como no jornal O Globo. Bom sempre ressaltar que a Reforma Trabalhista do relator Rogério Marinho retirou direitos dos trabalhadores e só beneficiou os empresários principalmente nas negociações de trabalho.

Ainda em julho de 2019, a título de refrescar a memória dos que dão crédito a Reforma Trabalhista, o jornalista Ricardo Feltrin postou no UOL a seguinte informação:

Alguns repórteres e âncoras do Departamento de Jornalismo da Globo, com grande experiência, tempo de casa, salários mais altos – e, principalmente, com contratos prestes a vencer – estão sendo consultados sobre a possibilidade de mudança no modelo contratual vigente. Segundo a coluna apurou, a oferta é a seguinte: acabar com contrato de Pessoa Jurídica (modelo da maioria das estrelas da casa) e substituí-lo por contratação via CLT… A proposta está causando enorme tensão, porque a renegociação do modelo contratual implica definitivamente em redução dos valores pagos para o profissional como PJ”. 

Em dezembro de 2021, ou seja, no ano passado, o portal Poder360 noticiava que em cerca de 6 meses, a Globo anunciou uma série de demissões em seu quadro de jornalistas.

De julho a dezembro de 2021,o Poder360 contabilizou 12 jornalistas que tinham de 15 a 46 anos de empresa e foram desligados. Na média, são duas demissões por mês. O jornalista com mais tempo de casa a ser demitido foi o ex-repórter do Globo Repórter Francisco José, de 77 anos.

Ressalte-se que as demissões não podem ser creditadas apenas a crise econômica no governo Bolsonaro, mas também a flexibilização deixada pela Reforma Trabalhista do relator Rogério Marinho, que permite renegociar salários para baixo, óbviamente, e que como não trazem ganhos aos trabalhadores a demissão é a consequência maior. Uma forma sutil de fazer com que o trabalhador peça demissão.

Além das demissões, a emissora cortou salários de funcionários. A empresa realizou no 1º semestre de 2021 uma diminuição de R$ 281 milhões em pessoal como resultado das iniciativas contínuas de corte de custos, apontou o Poder360.

Levantamento do Notícias da TV pontuou que o Grupo Globo tem mais de 17.000 processos judiciais, incluindo Justiça do Trabalho e esfera cível. A análise mostra que, desde 2017, foram mais de 4.000 novas ações protocoladas por ex-funcionários.

Portanto, elogiar a Reforma Trabalhista nestas condições citadas acima só faz confirmar que para o empresariado ela foi boa, mas para o trabalhador não. Pensar diferente é querer ludibriar as pessoas.

Foto reproduzida da Internet

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