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por Carlos Alberto Barbosa

Faltando 18 dias para as eleições municipais, e se as pesquisas se confirmarem – apesar de os números colocarem algumas dúvidas e há de se dizer que se pode colocar “reticências” nas intenções de voto, clique aqui para ler artigo que já publiquei sobre o assunto – tudo leva a crer que haverá segundo turno nas eleições para prefeito em Natal. Resta saber quem vai ao segundo turno com Carlos Eduardo Alves (PSD), se Paulinho Freire (União Brasil) ou se Natália Bonavides (PT).

Por enquanto a “guerra” são nos números retratados nas pesquisas de intenção de voto, e como pesquisa não se discute se analisa, devo dizer que pelas minhas análises os números não retratam a realidade, sobretudo, na disputa pelo segundo lugar. Confesso que devo colocar “reticências” quanto as avaliações realizadas até agora. E explico o porquê: se levarmos em consideração que Carlos Eduardo Alves e Paulinho Freire representam o mesmo eleitorado, ou seja, o eleitorado de direita que prefere o mesmo do mesmo a não ousar, temos aí uma “disputa” homogênea entre dois postulantes a prefeito de Natal.

Já Natália Bonavides, a deputada federal mais votada na capital do Rio Grande do Norte na última eleição, representa a esquerda que tem como seu principal fiador o presidente Lula e como avalista a governadora Fátima Bezerra, que colocou os salários em dia do funcionalismo público estadual pagos dentro do mês trabalhado e com calendário de pagamento, coisa que o seu antecessor, o então governador do estado, Robinson Faria, hoje deputado federal, não fez, e que apoia Paulinho Freire. Robinson Faria deixou quatro folhas salariais dos servidores em atraso.

Aliás, bom que se diga que o palanque de Paulinho Freire é composto por Robinson Faria, o senador Rogério Marinho (PL) e o ex-senador José Agripino Maia (União Brasil), todos avalistas da candidatura da apresentadora Micarla de Souza, que acabou se elegendo prefeita de Natal contra a então deputada federal, Fátima Bezerra. O resultado todos sabemos, um verdadeiro desastre. Aliás, não custa lembrar que Paulinho Freire foi o vice de Micarla. Portanto, o palanque é o mesmo, só muda o ator principal.

Carlos Eduardo Alves, o político que troca de legenda como quem troca de camisa, tentou sair candidato a governador na eleição passada e chegou até a dizer que votaria em Jair Bolsonaro para presidente na tentativa de receber o apoio de Rogério Marinho. Deu com os burros n`água saindo candidato ao Senado e para obter o apoio de Lula mudou de opinião. Mas, como quem está acostumado a trocar de partido é natural que troque de opinião também.

Portanto, volto a dizer o que disse no início deste artigo: Carlos Eduardo Alves e Paulinho Freire representam o mesmo do mesmo. Caso um deles se eleja Natal vai continuar a mesma, com transporte público de baixa qualidade, trânsito caótico, zona norte esquecida com muitos bairros faltando saneamento básico, educação e saúde sem atenção e, muita conversa pra boi dormir.

Não esqueçamos que o Rio Grande do Norte ousou em eleger Fátima Bezerra governadora. Se não vejamos:

Fátima Bezerra, repito, colocou o salário em dia do funcionalismo público, obrigação de todo governante, mas que seus antecessores esqueceram dessa lição; ressalte-se que o governo é o maior empregador do estado, o que faz fomentar a economia potiguar; retomou obras estruturantes deixadas de lado por outros governadores, promoveu e ainda promove concursos públicos na área da saúde e segurança, tornou o Rio Grande do Norte pioneiro no novo Plano Safra da Agricultura Familiar (2024-2025), lançado pelo governo federal com investimento no RN de R$ 700 milhões representando aumento de 49% em relação ao anterior; até o final de 2024 o Aeroporto Governador Aluizio Alves localizado no município de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, receberá investimentos da ordem de R$ 25 milhões; fez o RN superar a marca de 24 GW de potência outorgada para geração de energia elétrica, lembrando que os 24 gigawatts outorgados ao estado equivalem a cerca de 1,3 milhão de cavalos de potência e; o governo do RN assinou Termos de Colaboração entre a Secretaria de Turismo do Estado (SETUR/RN) e as Instâncias de Governança Regionais (IGR’s). A assinatura dos Termos de Colaboração representa um marco importante para o desenvolvimento turístico do Rio Grande do Norte e, diretamente Natal, porta de entrada para o nosso estado. Por tudo isso e muito mais a gestão petista já deu provas de que sabe governar e não faz somente o feijão com arroz de asfaltar ruas de outras gestões.

Ah, não custa ressaltar que Natália Bonavides é do PT.

Imagens reproduzidas da Internet