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Está no Brasil 247
Agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estão em alerta diante de indícios de que ações recentes do bolsonarismo não são apenas iniciativas isoladas de grupos extremistas nacionais, mas parte de um plano articulado com apoio direto do governo dos Estados Unidos. Segundo Jamil Chade, do Vero Notícias, cresce a convicção dentro da inteligência brasileira de que a estratégia para desestabilizar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conta com envolvimento da CIA e aval da Casa Branca, sob o comando do presidente Donald Trump.
O sinal mais evidente dessa ofensiva seria o chamado “tarifaço” imposto ao Brasil por Trump, acompanhado de uma retórica agressiva contra o governo brasileiro e do fechamento de canais diplomáticos. Para analistas, essas medidas seriam apenas a face pública de uma operação mais profunda, com raízes no serviço secreto norte-americano e execução via personagens-chave do bolsonarismo.
“Trata-se de um típico roteiro elaborado pela CIA, alimentando atores nacionais para justificar um interesse estratégico estrangeiro”, afirmou um agente da Abin lotado no exterior.
Eduardo Bolsonaro radicaliza sob proteção
Entre os principais sinais de que algo maior está em curso, a Abin destaca o comportamento cada vez mais hostil e desafiador do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Nas últimas semanas, ele intensificou ataques à Polícia Federal, a ministros do Supremo Tribunal Federal e ao próprio Congresso, adotando um discurso de enfrentamento e desinformação sem demonstrar receio de punições.
Segundo integrantes do serviço de inteligência, essa postura indica a percepção de proteção internacional. O paralelo com o movimento trumpista é claro: nos EUA, Trump e seus apoiadores se movem sob o discurso da “liberdade contra o sistema”, e agora aplica-se ao Brasil o mesmo enredo, com os Bolsonaro no papel de mártires de um suposto regime autoritário.
De acordo com os analistas, a narrativa construída segue um roteiro clássico: um ex-presidente supostamente “amado pelo povo” (Jair Bolsonaro), “exilados” perseguidos politicamente (como Eduardo, Allan dos Santos e Paulo Figueiredo) e “ditadores” que usurpam o poder (nas figuras de Lula e Alexandre de Moraes).
“A palavra-chave é desestabilização”, alertou um experiente agente da inteligência. O objetivo, segundo ele, é fragilizar o governo brasileiro e preparar o terreno para que, em 2026, os EUA tenham um aliado incondicional no poder em Brasília.
Alerta ignorado pelo governo
Ainda em agosto de 2024, antes das eleições norte-americanas, diplomatas brasileiros elaboraram um mapeamento dos nomes influentes em um eventual segundo governo Trump. A recomendação era abrir canais com esses interlocutores para conter possíveis choques futuros.
A Abin sugeriu inclusive traçar um perfil psicológico de Trump, visando identificar traços de personalidade e vulnerabilidades que pudessem ser exploradas diplomaticamente. Mas essas propostas ficaram paradas em gavetas do Itamaraty e do Palácio do Planalto, sem implementação prática.
Agora, com os primeiros sinais concretos de uma operação em curso, integrantes da diplomacia avaliam que o país poderá enfrentar um longo ciclo de instabilidade. O uso de sanções econômicas, campanhas de desinformação e manipulação de redes sociais serve para construir, aos poucos, a narrativa de ilegitimidade de um governo eleito.
“Falta apenas um Juan Guaidó brasileiro para se consolidar a existência de uma tentativa de golpe”, disse um diplomata experiente, fazendo referência ao líder opositor venezuelano apoiado pelos EUA.
Foto reproduzida da Internet
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