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Está no Brasil 247
O analista geopolítico Pepe Escobar, em entrevista concedida ao jornalista Danny Haiphong, destacou a América Latina como alvo prioritário de Donald Trump em um eventual segundo mandato. Escobar analisou como o governo Trump pretende intensificar sua política de “dividir e conquistar” na região, enquanto o BRICS, liderado por Rússia e China, fortalece sua posição no tabuleiro global.
“Trump e sua administração veem a América Latina como a última fronteira para reafirmar o controle, dado o enfraquecimento da influência americana em outras partes do mundo”, afirmou Escobar. Ele ressaltou que medidas como o aumento de sanções contra Cuba e Venezuela, além de pressões indiretas sobre o Brasil, são ferramentas previstas para conter o avanço de alianças globais lideradas pelo BRICS.
Telefonema estratégico entre Putin e Xi Jinping
Escobar destacou também um telefonema de 1 hora e 35 minutos entre Vladimir Putin e Xi Jinping, ocorrido logo após a posse de Trump. A conversa foi descrita como uma “obra-prima” que selou compromissos estratégicos entre Rússia e China, incluindo o fortalecimento da relação com o Irã. Segundo Escobar, o BRICS está promovendo avanços significativos, como o corredor internacional de transporte Norte-Sul, conectando Rússia, Irã e Índia, ampliando o comércio e a integração com a Ásia Central.
“Os EUA subestimam a força do BRICS e de outras iniciativas multilaterais, como a Organização de Cooperação de Xangai”, disse Escobar. Ele ressaltou que a falta de compreensão do establishment americano sobre a nova ordem multipolar pode ser um grande erro estratégico.
A pressão sobre o Brasil e a disputa pelo lítio
Ao tratar da América Latina, Escobar destacou que o Brasil está na mira das pressões americanas devido à sua posição estratégica. Ele lembrou ainda do interesse de Elon Musk pelo lítio sul-americano, com atenção especial a Bolívia, Chile e Argentina. “Bolsonaro ainda é uma peça importante para Trump dentro do Brasil. Ele funciona como um verdadeiro cavalo de Troia, pronto para ser usado em manobras políticas e econômicas”, afirmou.
Escobar também ironizou algumas das declarações recentes de Trump, como sua obsessão com o TikTok e a ideia de colonizar Marte. Ele descreveu a estratégia de Trump para controlar a rede social como uma “monstruosa operação de relações públicas”. Sobre o discurso de Trump em relação à Palestina, Escobar criticou a tentativa de transformar Gaza em uma “oportunidade imobiliária”, ignorando as demandas e os direitos do povo local.
Para Escobar, enquanto Trump busca consolidar sua influência no Ocidente, Rússia e China seguem ampliando suas alianças estratégicas em direção a uma ordem multipolar mais sólida. “O foco de Trump na América Latina revela o esgotamento das opções dos EUA em outras regiões, enquanto o BRICS avança de forma consistente e integrada”, concluiu.
Foto reproduzida da Internet
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