Editorial

Vaza Jato: caso Watergate é fichinha

O caso Watergate que derrubou o presidente Nixon nos EUA em 1974, é fichinha frente aos diálogos da Vaza Jato revelados pelo The Intercept Brasil.

Só pra relembrar aos leitores mais antigos e relatar aos mais jovens o que foi o Caso Watergate:

Watergate foi um escândalo político que manchou para sempre a história política dos Estados Unidos e a reputação do então presidente Richard Nixon.

Isso resultou na acusação e eventual convicção de vários dos conselheiros mais próximos do presidente e induziu a demissão de Nixon no cargo em 9 de agosto de 1974.

O escândalo começou realmente ao longo de dois anos anteriores à renúncia de Nixon. Em junho de 1972, cinco homens foram presos por tentar entrar na sede do Comitê Nacional Democrata, localizado no complexo de escritórios Watergate, em Washington.

Virgilio Gonzalez, Bernard Baker, James W. McCord Jr., Eugenio Martinez e Frank Sturgis foram acusados de tentativa de roubo e a tentativa de intercepção de telefone e outras comunicações.

Após extensas investigações do Bureau Federal de Investigações (FBI), do Comitê Judiciário da Câmara, do Comitê Watergate do Senado e da imprensa nacional, tornou-se evidente que a invasão provavelmente era apenas a ponta do iceberg de questionável ou ilegal atividades realizadas pelos funcionários da administração Nixon.

Quarenta e sete anos se passaram, quase meio século, e temos no Brasil um escândalo, certamente, muito maior do que o ocorrido nos EUA, porque envolve um ex-juiz federal, hoje ministro da Justiça, Sérgio Moro, procuradores do Ministério Público Federal, e porque não dizer, até o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Faltava o baton na cueca não falta mais. A Lava Jato, após as revelações do site Intercept Brasil dos diálogos proporcionados pelo então juiz federal Sérgio Moro e procuradores federais que trabalham nas investigações, se maculou de vez.

A Lava Jato, ou seria melhor chamar de Vaza Jato usou indevidamente o aparato jurídico para atender interesses políticos. O Código de Ética do Ministério Público, o estatuto da magistratura e a Constituição foram todos burlados.

De acordo com os diálogos, não desmentidos, é bom ressaltar, durante o processo que levou um ex-presidente para a cadeia, no caso Lula, o juiz orientou, recomendou alterações de estratégias, antecipou uma decisão e até indicou uma testemunha para acusação.

O que mais falta para esse ex-juiz, hoje ministro da Justiça renunciar ao cargo? O que mais falta para o atual presidente da República, beneficiado diretamente pelas ações anti-republicanas renunciar ao cargo?

A conferir!

Foto reproduzida da Internet

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6 Responses to Vaza Jato: caso Watergate é fichinha

  1. Humberto Florêncio disse:

    Chore não! Quem sabe em 2022 seu PT volta… chega a ser doentio.

  2. Carlos A. Barbosa disse:

    Não tô chorando, o meu papel como jornalista é esclarecer aqueles que foram ludibriados por um candidato, hoje presidente da República, que foi eleito totalmente despreparado para governar o país e ainda por cima ajudado por um conluio

  3. Marcos disse:

    Obrigado por nos mostrar outras versões do fato Barbosa, para se tomar partido sobre um determinado assunto, sempre temos que observar a versão do lado contrário, e não apenas o nosso senso comum ou o que nos informa. Sou leitor do seu blog e agradeço por abrir essa nova visão sobre os fatos.

    • Carlos A. Barbosa disse:

      Obrigado amigo por acompanhar o meu blog. Faça mais comentários, o objetivo do blog é abrir a discussão para temas que interessam ao Brasil. A opinião dos leitores é muito importante. Grande abraço!

  4. Augusto Carvalho disse:

    Muita credibilidade de um “jornalista” que trabalho para Alves, Maia e Freire…
    Extrapolou ainda mais ao comparar com o escândalo de Watergate.
    Deve estar se preparando, ao menos mentalmente, para ocupar outra boquinha, já que os ex-senadores não foram eleitos.

    • Carlos A. Barbosa disse:

      Não meu caro. Já tenho idade suficiente que não preciso mais provar nada a ninguém. Se você não gosta do que escrevo não tem problema. Procure outra freguesia. O que não vou fazer é deixar de escrever minhas opiniões porque desagradam a fulano ou a cicrano, como você. E tem mais: por ser democrático abro espaço pra você fazer críticas a minha pessoa, porque em outros blogs certamente você seria censurado. Der-se por satisfeito!

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