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Está no Brasil 247
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, e o senador e ex-juiz suspeito Sergio Moro (União-PR) protagonizaram um bate-boca durante audiência na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal, realizada nesta quinta-feira (15). O debate se intensificou quando o parlamentar questionou o ministro sobre sua suposta falta de conhecimento a respeito dos descontos associativos indevidos cobrados de aposentados e pensionistas pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), em um esquema investigado pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). As informações são da CNN Brasil.
Em resposta, Wolney negou qualquer envolvimento e alegou que as denúncias sobre a fraude ocorreram em 2020, período no qual Sérgio Moro ocupava o cargo de ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL). “Um servidor em 2020 denuncia à PF que havia descontos indevidos, que havia fraude. Essas denúncias foram feitas em 2020, senador. Parece que vossa excelência era o ministro da Justiça nessa época. Vossa Excelência fez alguma coisa para coibir essas fraudes?”, retrucou o ministro, de acordo com reportagem.
De acordo com as investigações, sindicatos e entidades associativas teriam cobrado indevidamente cerca de R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024. Em resposta, Wolney Queiroz negou qualquer envolvimento e alegou que as denúncias sobre a fraude ocorreram em 2020, período no qual Sérgio Moro ocupava o cargo de ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL).
Moro, por sua vez, devolveu a acusação, apontando que Queiroz se omitiu durante uma reunião sobre o caso em 2023. “Esses fatos nunca foram informados a mim como foram informadas a vossa excelência expressamente na reunião lá em 2023. Quem se omitiu aqui foi Vossa Excelência”, afirmou o senador.
A troca de farpas continuou, com Wolney questionando se Moro, como ex-ministro, também não tinha conhecimento sobre as fraudes, o que foi prontamente negado pelo senador. “Não, não chegou ao meu conhecimento, mas ao de Vossa Excelência chegou”, respondeu Moro.
O ministro, no entanto, reiterou que não tinha conhecimento das fraudes, mas foi novamente contestado por Moro, que reafirmou que, em 2023, Wolney estava ciente do esquema e nada fez a respeito. “O senhor ouviu na reunião, ministro. Na reunião foi informado sobre as fraudes e Vossa Excelência não fez nada. Vossa Excelência era de confiança de Carlos Lupi e continua no ministério”, afirmou Moro.
O embate se intensificou ainda mais quando o senador voltou a acusar Wolney de omissão em 2020, época em que a fraude já havia causado prejuízos da ordem de R$ 2,8 bilhões. “Esse depoimento [do servidor] foi em setembro de 2020, eu sequer estava no governo mais. Se eu tivesse recebido, como Vossa Excelência recebeu, em junho de 2023, a notícia de que haviam essas fraudes, eu teria tomado providências imediatas. Refuto Vossa Excelência que quis me acusar de omissão. Quem se omitiu como secretário-executivo da previdência durante os anos em que a fraude escalou para mais de 2,8 bilhões de reais foi Vossa Excelência”, afirmou Moro.
Wolney Queiroz foi convidado pela Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor para prestar esclarecimentos sobre as fraudes relacionadas aos descontos não autorizados nas contas dos aposentados e pensionistas do INSS. Durante a oitiva, os senadores também apontaram que, enquanto secretário-executivo do Ministério da Previdência, Wolney teria se reunido com representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), uma das entidades investigadas no caso.
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