Política

General diz que pedido de tropas para julgamento de Lula é inconstitucional

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O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou em entrevista que há risco de politização das forças armadas nas eleições; Villas Bôas disse ainda que o pedido de tropas federais no dia 24 de janeiro, data do julgamento do ex-presidente Lula, é inconstitucional.

“Este é um problema essencialmente de segurança pública. Não precisa de decretação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para isso. Assim como no Paraná foi muito efetiva a atuação do governo estadual na estrutura de segurança pública, o Rio Grande do Sul tem plenas condições de fazer face a essa questão. A Brigada Militar gaúcha é uma corporação capacitada. A estrutura de segurança pública tem condições de resolver o problema e o pedido do prefeito de tropas federais é inconstitucional”, afirmou.

O general disse ainda que a atuação frequente das Forças Armadas em operações de segurança pública nos Estados “preocupa muito” pela possibilidade de infiltração do crime organizado nas tropas e cita um caso registrado no Rio. “Foi pontual. Está infinitamente distante de representar um problema sistêmico, mas temos preocupação e estamos permanentemente atentos em relação a isso.”

Para o comandante, houve “negligência” em grande parte dos Estados em relação à segurança pública. Ele avalia que o uso das tropas federais “não tem capacidade” de solucionar os problemas e se mostra incomodado com a possibilidade de “uso político” das Forças Armadas nas eleições.

As informações são de reportagem de Tânia Monteiro no Estado de S.Paulo.

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