Editorial

Ilações e mais ilações contra Lula. Só pode ser uma orquestração!

Cada vez mais estou convencido de que há uma grande orquestração para evitar que Lula seja novamente candidato à Presidência da República. Podem até dizer: Barbosa, você é petista, defende Lula com ardor, parece seu advogado. Direi: não caro leitor, apenas enxergo as coisas de uma maneira diferente até prova em contrário. Senão vejamos:

O ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, abriu nesta segunda-feira (4) a rodada de depoimentos de réus em um processo que acusa o empresário de pagar propina ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse acreditar que Lula sabia sobre os repasses ilegais feitos a ele, embora tenha reconhecido que nunca tratou do assunto com o petista.

Em outro ponto do depoimento, Odebrecht explicou como era a relação da empresa com políticos. Segundo ele, cada político ou funcionário do alto escalão da Petrobras se reportava sempre ao mesmo executivo, que era apelidado dentro da empresa como padrinho.

Lula, era o meu pai. Aécio, era eu. Eduardo Campos, era eu. Dilma, era eu. Ou seja, dentro de casa, cada político tinha um padrinho e nada se acertava em relação a determinada pessoa, mesmo por outro negócio, se não fosse alinhado, comunicado a esse padrinho interno, é uma coisa interna nossa”, explicou.

Marcelo se contradiz quando afirma que o contato da Odebrecht com Lula era feito pelo seu pai – Emílio Odebrecht. E como ele diz que fazia os pagamentos a Lula por considerá-lo uma pessoa influente, mesmo depois de deixar a presidência? Isso no mesmo depoimento.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, a empreiteira comprou um terreno em São Paulo para construir uma nova sede para o Instituto Lula. Os procuradores também dizem que a empresa pagou os aluguéis de um apartamento vizinho ao que o ex-presidente mora, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Apesar da a Odebrecht reconhecer que comprou o imóvel para o Instituto Lula, a obra nunca foi feita.

Pois muito bem: Para referendar o que estou dizendo sobre ilações para condenar Lula, em dezembro de 2016 o juiz federal Sérgio Moro acusou Lula por um terreno que nem é dele nem do Instituto Lula.

Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo; Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais; e Paulo Melo, ex-diretor-superintendente da Odebrecht Realizações Imobiliárias, teriam relatado os fatos.

Segundo os delatores, o imóvel, que no papel foi adquirido pela DAG Construtora, foi na verdade pago pela Odebrecht e seria destinado à construção de uma nova sede do Instituto Lula. Ainda segundo Marcelo, Alencar e Melo, a ideia era que após a Odebrecht comprar o imóvel outras grandes empresas ajudassem a construir o prédio do Instituto Lula.

No entanto, Lula e Marisa Letícia, ex-primeira-dama e já falecida, não se agradaram do local. Com isso, Marcelo Odebrecht teria determinado que procurassem outro imóvel. De acordo com os delatores, o projeto acabou não indo para frente.

Em nota, a defesa do ex-presidente Lula disse que ele jamais recebeu a propriedade ou a posse de qualquer um dos imóveis indicados pelo MPF, muito menos em contrapartida de qualquer atuação em contratos firmados pela Petrobras. Os advogados também falaram que jamais houve relação de apadrinhamento entre o Lula e Emilio Odebrecht ou qualquer empresário.

Portanto…

Ah, antes que algum aventureiro lance mão devo dizer que nunca me filei ao PT e nem a partido nenhum, até porque entendo que jornalista não deve fazer política-partidária. Ter opinião, ao contrário do que muitos pensam é diferente de ser militante. Que isso fique claro!

Foto reproduzida da Internet

Share Button

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

WP Twitter Auto Publish Powered By : XYZScripts.com