Arquivos
Links Rápidos
Categorias
Leio no jornal Tribuna do Norte, de propriedade da família Alves, que os senadores José Agripino Maia (DEM) e Garibaldi Alves Filho (MDB) estão propondo um novo acordão para a escolha do candidato a governador – prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) ou o vice-governador, rompido com o governo, Fábio Dantas (sem partido) -, para representar as oligarquias políticas nas eleições de outubro, e que o prefeito de Natal já teria admitido uma pesquisa para a escolha do nome mais viável. Parece que os nossos senadores não aprenderam ainda que o povo tá cansado destes acordos que só interessam a eles para “conservar” seus mandatos.
Carlos Eduardo Alves, ao que parece, não está lá muito animado com uma eventual candidatura ao governo. Mais cômodo terminar o seu mandato do que ter que enfrentar uma campanha desgastante, sobretudo, porque os dois senadores que poderão lhe apoiar não estão lá bem das pernas. Agripino é réu na Lava Jato e o MDB de Garibaldi teve que tirar o P do nome para ludibriar o eleitor, tal é o desgaste no plano nacional . Além disso, o seu primo, ex-deputado Henrique Alves, está preso acusado de envolvimento também na Lava Jato. Como se observa, um palanque não muito apropriado para quem deseja ser governador e ter alianças com oligarcas que vira e mexe são noticias desabonadoras na imprensa.
Quanto ao vice-governador, Fábio Dantas, já falei sobre a possibilidade dele sair candidato à sucessão estadual. Não fica bem pra ele sair do governo aos 45 minutos do segundo tempo sem um motivo plausível para o rompimento com o governador Robinson Faria (PSD), a não ser o desejo de ser candidato a governador o que não teria sido aceito pelo atual ocupante da Governadoria que ao que parece será mesmo candidato a reeleição. Repito o que disse: salvo Fábio Dantas ter o apoio do governador Robinson Faria ao seu projeto político, o vice-governador estará fadado a ficar sem discurso.
Numa eventual candidatura sua ao governo com Robinson Faria também na disputa, Fábio Dantas, nem mesmo com um discurso ligth e com ressalvas, e lembrando as dificuldades conjunturais nacionais que atingiram o estado, será capaz de convencer o eleitor de que é realmente oposição ao governo.
Em entrevista ao portal Noar, Fábio Dantas ensaiou um discurso de oposição pífio. Segundo ele, o estopim para tomar a decisão de romper politicamente com o governo foi a discordância com várias ações da gestão de Robinson Faria.
“Até hoje não se promoveu nenhuma medida fazendo mudar o eixo para que a sociedade fosse a líder do Estado”, afirmou Dantas, adotando o tom crítico, para em seguida se justificar, afirmando que, como vice-governador: não é o “dono da caneta” e nem ordenador de despesas.
Aí fica a pergunta: por que só agora o vice-governador decidiu romper com o governo? Soube por uma fonte ligada ao vice-governador que teria sido o fato dele tentar convencer Robinson Faria que ele – Fábio Dantas – seria a melhor opção para disputar o governo e Faria não teria aceitado os argumentos.
Fato é que se Fábio Dantas for o candidato a governador das oligarquias corre o risco de não ter discurso, como já disse, e servir apenas de bucha de canhão para a tentativa de Agripino e Garibaldi se reelegerem.
Ah, e se a pesquisa para a escolha do candidato apontar Carlos Eduardo Alves? Certamente Fábio Dantas ficará com o pincel na mão.
A conferir!
Foto reproduzida da Internet
Deixe uma resposta