Editorial

Faltou o panelaço nas varandas gourmets

O herói da elite brasileira, falo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está literalmente desnudo com a informação de que ele tem conta na Suíça. A conta de Cunha foi aberta por meio da criação em nome de terceiro de uma empresa em paraíso fiscal. Essa empresa abriu uma conta na Suíça, e pôs como beneficiários Eduardo, a mulher e a filha. Faltou apenas um detalhe: o panelaço nas varandas gourmerts em todo o país.

E por que não houve o panelaço? Certamente porque a elite brasileira ainda não está acreditando que o seu herói, aquele que poderia comandar o impeachment da presidenta Dilma, está mais sujo do que pau de galinheiro. Aliás, a elite só não, mas toda a oposição comandada pelos tucanos e demos.

Fato é que Eduardo Cunha, que a elite brasileira diz representá-la, não é propriamente o político com o perfil ético que as varandas gourmets apostavam para, digamos, “salvar a Pátria amada”. Decepção, acredito que sim. Ao menos isso a elite brasileira tem que admitir ao ver o seu herói enroscado num escândalo, que, diria, internacional. Sim, porque contas em paraísos fiscais é um escândalo.

Aliás, não faz tanto tempo assim, a Veja estampou em suas páginas que o ex-jogador de futebol e hoje senador Romário, tinha contas em paraísos fiscais. Romário desmentiu a revista. Por que é que a Veja agora não estampa também que o herói macunaima da elite brasileira tem, sim, contas em paraísos fiscais? Da mesma forma por que é que as penelas não foram tiradas do armário no chique bairro do Morumbi em São Paulo?

São perguntas que não querem calar!

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