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Calendário avança sobre Dilma, Delcídio e Cunha

Está no Congresso em Foco

Envolvidos em batalhas para preservar o mandato, a presidente Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (sem partido-MS) serão pressionados pelo calendário nesta semana. Com o apoio da oposição, o peemedebista vai acelerar a análise do processo de impeachment da petista, convocando sessões para dias em que, tradicionalmente, os deputados não votam. A exemplo da última sexta-feira (18), Cunha já convocou o plenário para sessão extraordinária nesta segunda (21). O objetivo é encurtar o prazo de dez sessões que Dilma tem para apresentar sua defesa na comissão especial do impeachment.

A contagem começou a última sexta-feira (18), com a presença de 62 deputados em plenário. Os oposicionistas decidiram se revezar para garantir o quórum mínimo de 51 parlamentares para a abertura da sessão. Dois aliados de Cunha estão no comando da comissão do impeachment, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), eleito presidente, e Jovair Arantes (PTB-GO), o relator.

Defesa

O tempo, porém, também corre contra o presidente da Câmara. Nesta segunda acaba o prazo para o deputado apresentar sua defesa por escrito ao Conselho de Ética, onde tramita contra ele um processo por quebra de decoro parlamentar. Em seguida, o colegiado terá até 40 dias úteis (prazo que vai até o dia 18 de maio) para conduzir as investigações e poderá ouvir testemunhas de defesa e acusação.

Após os depoimentos, o relator Marco Rogério (DEM-RO) terá até dez dias úteis para apresentar o parecer final. Ou seja, se todos os prazos forem respeitados, até o dia 2 de junho o relatório deverá ser apresentado e, em seguida, discutido e votado pelos membros do conselho.

Reencontro aguardado

No Senado, o clima é de expectativa e apreensão com o prometido retorno do senador Delcídio do Amaral. Recém-desfiliado do PT, ele anunciou que voltará à Casa, após quase dois meses preso e 15 dias licenciado, para tentar salvar o mandato. O ex-líder do governo foi convocado a comparecer ao Conselho de Ética na próxima quarta-feira (23), em reunião marcada para as 10h. Delcídio é investigado pela Operação Lava Jato e responde a um processo por quebra de decoro parlamentar.

Será a primeira vez que ele ficará cara a cara com seus colegas, alguns deles denunciados pelo senador em sua delação premiada. Na semana passada, o ex-petista se autodefiniu como o “profeta do caos” e anunciou que “muita confusão virá por aí”.

 

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