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Coletânea de Causos
Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.

por Helena Chagas, no Brasil 247
Aos 45 minutos do segundo tempo, Jair Bolsonaro parece ter percebido que sua estratégia de sair de fininho, em silêncio, pode lhe custar a liderança da oposição no país. Por isso, fez uma última live antes da fuga anunciada e ensaiou certo recuo: condenou o terrorista George Washington e fez um discurso de quem olha para frente, ao dizer que não partirá para o “tudo ou nada” e que o mundo não vai acabar em 1º de janeiro.
Mas Bolsonaro, nesse último pronunciamento ao país, continua irremediavelmente golpista – e deixa entrever sua estratégia e discurso na oposição nos próximos quatros anos.
Embora tenha dito que não iria contestar as urnas e condenado o terrorismo – medo de ser punido, certamente -, o Bolsonaro quase ex-presidente pegou no colo os golpistas que ainda se aglomeram nas portas dos quartéis. Como se não houvesse elementos suficientes a mostrar que saem desses acampamentos os terroristas que ameaçam a população, o presidente referiu-se à “massa” de pessoas que foi para as ruas, protestando.
“Essa massa, atrás de segurança, foi para os quartéis. Não participei desse movimento, me recolhi. Acreditava, e acredito ainda, que não falar sobre o assunto para não tumultuar mais ainda. O que houve pelo Brasil foi uma manifestação do povo, não tinha liderança, ninguém coordenando. E o protesto, pacífico, ordeiro, seguindo a lei, tem que ser respeitado, contra ou a favor de quem quer que seja”, disse Bolsonaro.
Com essas palavras, e o argumento de que “não foi uma campanha imparcial”, estruturou o discurso que deve manter na oposição e que servirá para continuar agregado seus golpistas – o de que as eleições não foram justas. Equilibrando-se nas palavras para não ser acusado de cometer crime contra a democracia – o que já fez muitas vezes – , passou a mão na cabeça dos golpistas e indicou que continuará estimulando esse comportamento.
Dados do controle aéreo mostram que o airbus presidencial, com Bolsonaro a bordo, está decolando neste início de tarde para Orlando. Aparentemente, uma viagem só de ida, de quem teme perder o passaporte e quer esperar como é que ficam os inquéritos dos quais é alvo no STF antes de decidir se volta ou se oficializa a fuga. Que Bolsonaro receba bons conselhos do Pateta, do Harry Potter e da Cinderela…
* Helena Chagas é jornalista, foi ministra da Secom e integra o Jornalistas pela Democracia
Foto reproduzida da Internet
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