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Está no Brasil 247
A estratégia de defesa apresentada por interlocutores de Jair Bolsonaro (PL) tem entrado em rota de colisão com os argumentos sustentados pela cúpula das Forças Armadas, no contexto do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado que visava evitar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diz a jornalista Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo.
Segundo a tese defendida pelos aliados de Bolsonaro, o ex-mandatário não teria sido o articulador do plano golpista, mas teria agido “a reboque” dos militares. No entanto, conforme a reportagem, a versão que circula dentro das Forças Armadas é distinta. Para os membros de alta patente da caserna, o movimento antidemocrático teria se originado no Palácio do Planalto, sendo conduzido por Bolsonaro e tendo contado com o apoio de militares cooptados por ele.
Os militares apontados como os mais subservientes a Bolsonaro incluem os generais da reserva Walter Braga Netto e Mário Fernandes. Este último foi um dos idealizadores de um plano para assassinar o presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O plano foi revelado durante a investigação da Polícia Federal, que indiciou 37 pessoas, sendo 25 delas militares, no âmbito do inquérito que apura o movimento golpista.
Apesar dos indiciamentos e da repercussão negativa do caso, a alta cúpula das Forças Armadas avalia que sua imagem diante da sociedade se estabilizou. Esse alívio se deve, em parte, ao papel desempenhado pelos ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica, general Freire Gomes e brigadeiro Baptista Junior, que teriam se posicionado de forma contrária ao golpe.
Foto reproduzida da Internet
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