Editorial

A Covid-19 não aceita radicalismo, politicagem, e muito menos mesquinharia

Estamos vivenciando, eu diria, um filme de ficção científica, tal a grandiosidade dessa pandemia que tomou conta do mundo sem o Planeta está preparado, nem mesmo as Nações mais ricas como os Estados Unidos.

Mas o que mais abomina é o radicalismo, a politicagem e a mesquinharia de pessoas que querem tirar proveito da doença que mata dezenas, centenas, milhões de pessoas. Não vou nem entrar em detalhes de mandatários de Nações, porque se não vão dizer que é ideologia. Mas não preciso nem citar nomes, porque a obviedade já trata de quem ou a quem me refiro.

Vou me deter ao plano local. O RN foi o primeiro Estado da Federação a elaborar um Plano de Contingência para Infecção Humana pela Covid-19. O Plano foi concluído ainda em fevereiro a partir da constituição de comitês de enfrentamento de emergência e eventos de importância de saúde pública coordenado pela sub-Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde por meio dos responsáveis pelas áreas temáticas que compõem o Plano.

Além disso, a governadora Fátima Bezerra baixou vários Decretos para conter o avanço da pandemia no RN, inclusive orientando a população ao isolamento, o que vem sendo sempre ressaltado pela própria governadora e autoridades sanitárias do estado nas entrevistas à imprensa. Mesmo assim, há críticas pontuais as ações governamentais. Considero isso radicalismo, politicagem ou quando menos mesquinharia.

Todos sabem e estão fartos de notícias que o Governo Fátima não está medindo esforços para, se não conter, ao menos amenizar a pandemia do coronavírus no Rio Grande do Norte, mesmo com todas as dificuldades que o setor saúde já enfrentava em nosso estado, agravadas mais agora com a Covid-19.

É sabido também, que tanto a rede pública quanto a rede privada hospitalar não suportaria um colapso na saúde, tal qual estão vivenciando países como Itália e Espanha, que ao contrário do Brasil e em especial o Rio Grande do Norte, tomaram medidas antecipadas para evitar uma calamidade maior, uma delas simples, mais de resultados satisfatórios como se tem provado, que é o isolamento das pessoas, orientando a ficarem em casa.

Como já observei o RN foi o primeiro estado da Federação a elaborar um Plano de Contingência para Infecção Humana pela Covid-19. E, como em todo o mundo, o governo do estado se preocupou em ter também o seu hospital de campanha, que será no estádio Arena das Dunas (foto), objeto de críticas até por alguns profissionais e entidades médicas, certamente, por questões que fogem ao debate.

Fato é que com toda a celeuma, o Governo Fátima pensando na saúde dos potiguares, realizou uma Chamada Pública para montar o seu hospital de campanha. Trata-se de um reforço para a eventualidade de uma explosão no número de casos que necessite de internamento e que venha extrapolar a rede pública e privada hospitalar.

Ressalte-se que o governo promoveu uma chamada pública para contratação urgente em face da necessidade, antes restrito a instituições filantrópicas e Organizações Sociais e que na última sexta-feira (3), um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) celebrado entre O Ministério Público do RN, Ministério Público Federal e a Procuradoria Geral do Estado, possibilitou permitir também que a Chamada Pública para contratação da referida unidade inclua, também, sociedades empresariais hospitalares e de saúde em geral de todo o Brasil, inclusive, do RN.

Resta saber, depois de toda a celeuma criada, se as sociedades empresariais e hospitalares e de saúde em geral do Rio Grande do Norte têm condições de atender os requisitos da Chamada Pública? Sim, a pergunta se faz pertinente porquanto um dos questionamentos feitos pelo Sindicato dos Médicos do RN quanto a chamada pública, motivo de liminar que foi derrubada pela justiça, era exatamente que a primeira Chamada Pública só se referia a instituições filantrópicas e Organizações Sociais.

Mais uma vez repito, a ora é de somar esforços sem radicalismo, politicagem ou mesquinharia para salvar vidas. Isso é o que de fato importa.

A conferir!

Foto reproduzida da Internet

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