Editorial

A falta de compustura de um `jornalista´e de um ex-PGR

No Brasil de Jair Bolsonaro o noticiário tem virado uma verdadeira crônica policial. Primeiro, um pseudo jornalista usa os espaços que tinha num programa de rádio e de televisão para criticar e agredir com palavras chulas, a ativista que luta na defesa do meio ambiente, Greta Thunberg, de apenas 16 anos, que se notabilizou por ser a líder de uma mobilização espontânea feita por jovens na Suécia para alertar sobre os perigos do aquecimento global.

Segundo, pelas revelações feitas pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que chegou a ir armado para o Supremo Tribunal Federal (STF), com a intenção de assassinar o ministro Gilmar Mendes. “Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele [Gilmar] e depois me suicidar”, afirmou.

Vamos as análises dos dois fatos:

No primeiro caso o “pseudo jornalista”, Gustavo Negreiros, não teve o menor respeito não só pela ativista sueca, mas também pelos seus ouvintes e telespectadores. Resultado: seus programas perderam patrocinadores e ainda foi demitido. O caso teve repercussão internacional. Gustavo Negreiros teve os seus 15 minutos de fama, não de forma positiva, claro!

Fato é que vivemos um momento crítico, não só no Brasil, mas diria até que no mundo, onde as pessoas não se respeitam mais, lamentavelmente. Em nosso país, especificamente, até o presidente usa de palavras chulas nas redes sociais para agredir quem o desagrada, até chefes de Estado, caso do presidente da França, Emmanuel Macron. E isso serve de espelho na sociedade.

E por que não dizer na imprensa, onde muitos “profissionais” se arvoram no direito de dizer o que bem entendem sem respeitar pessoas e instituições.

A liberdade de expressão está sendo confundida com libertinagem (a extrapolação da liberdade, e quando isso acontece, os limites são ultrapassados e a integridade física, emocional ou psicológica de outra pessoa é posta em causa). 

No segundo caso, um ex-procurador da República, falo de Rodrigo Janot, tornou público que pensou assassinar o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, como se isso fosse uma coisa banal. Em consequência disso a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em sua casa e no seu escritório na última sexta-feira (27). Segundo Janot, ele só vai se pronunciar sobre o caso esta semana. “Estou pensando em como vou me posicionar diante dessa crise”, disse com toda a naturalidade ao portal de notícias Metrópoles

É o apocalipse!

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