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por Carlos Alberto Babosa

O presidente Jair Bolsonaro não se contém com sua verborragia chula e a imprensa precisa aprender: pra ouvir merda é melhor deixar ele falar sozinho e não ser pautada por coliformes fecais.

Nesta quarta-feira (14), no Piauí, estado do Nordeste, região que ele não nutre nenhuma simpatia, até porque levou uma surra nas eleições para o candidato do PT no segundo turno, Fernando Haddad, ao inaugurar uma escola do SESC que leva o seu nome – não sei o por quê -, o presidente ultra-direitista voltou a criticar os governadores do Nordeste e manifestou a intenção de “acabar com o cocô do Brasil” se referindo, segundo ele, a “corruptos e comunistas”.

“O Mão Santa [prefeito de Parnaíba] me disse uma coisa: vamos acabar com o cocô no Brasil, o cocô é essa raça de corruptos e comunistas”, disse Bolsonaro em Parnaíba (PI).

Lembro só que todos os governadores do Nordeste são de partidos de esquerda e que, não somente eles, mas como toda a região mereciam respeito, o que, parece, o presidente da República não tem.

A verve bolsonariana está contaminando as redações de jornais e televisões que estão dando muita importância aos coliformes fecais que ele solta para encobrir os problemas maiores que existem no país como o desemprego, a recessão, o desmatamento da Amazônia, a liberação desenfreada de agrotóxicos, e a reforma da Previdência aprovada na Câmara e provavelmente no Senado, através do toma lá da cá de emendas parlamentares milionárias, sem falar na aberração da indicação do seu filho, Flávio Bolsonaro, o fazedor de hambúrgues – que não é possível que o Senado aprove – para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

Cocô por cocô, o Brasil de Bolsonaro já virou a muito o cocô do cavalo do bandido de filme americano.

Charge: Trilho