Editorial

A indústria das delações para manter Lula preso e `amenizar´ prisões de pulhas não tem limite

Em maio deste ano o jornal espanhol El País publicou reportagem sobre a “indústria das delações” na Lava Jato com o título Especialistas em delação fecham acordos antes de cliente ser investigado. Seus métodos de defesa, que se valem de instrumentos relativamente novos e ousados para o padrão do direito brasileiro, como a colaboração premiada, formam o que o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), classificou pejorativamente, de “novo direito de Curitiba”. “É um grupo muito coeso”, disse o ministro.

Jovens (a maioria tem menos de 45 anos) e ambiciosos, dizia o El País na matéria, os profissionais se tornaram referência para aquilo que os investigados buscam no momento do desespero de uma potencial prisão repentina: são profundos conhecedores dos métodos, preferências e gostos do juiz Sérgio Moro, autor da maioria dos comandos da Lava Jato, e dos procuradores que integram a força-tarefa da operação.

Advogados que atuam na Lava Jato, afirmavam nos bastidores, que quem entrega políticos com “valor de mercado”, como os ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ou o presidente Michel Temer (MDB), acabaria ganhando mais benefícios do que aqueles que entregavam esquemas relativamente desconhecidos, mesmo que envolvessem grandes quantias de desvio de dinheiro público. Um exemplo citado é o do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT), que ao citar Lula e figurões da Petrobras obteve a permissão para manter o mandato de senador, o parcelamento de multa de R$ 1,5 milhão em até 10 vezes e o limite de no máximo 15 anos de prisão ao fim do processo. O MPF, porém, pediu a suspensão dos benefícios porque Delcídio teria mentido sobre fatos que levaram à abertura de ação penal contra sete pessoas, incluindo Lula. Para o MPF, o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró não foi encomendado ou interessava a Lula, como disse Delcídio, mas sim ao próprio senador.

Apesar de não dizerem valores, a estimativa é que cada causa que aceitam gire em torno de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões. O valor seria quase o mesmo que o cobrado por advogados experientes do mundo político, como Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.

Compartilhando o internauta que assina como Zeli Dalosto, nas redes sociais, percebe-se claramente que Moro vazou todas as informações – digo, delações – com o nome de Lula, e a Globo tratou de divulgar em horário nobre no Jornal Nacional, onde todos, absolutamente todos, inclusive o X-9 do Pallocci, diziam que Lula roubou, sem provas. Foram procurar contas em paraísos fiscais de Lula e encontraram contas de Eduardo Cunha e até de empresários. De Lula nada. O que encontraram foram empresas off-shore da Globo, FHC, Serra, Aécio, e de Lula nada. Foram à operação Zelotes e encontraram a Gerdau, Itaú, Volswagen, Bradesco, e Lula nada.

Foram ao triplex do Guarujá, verificaram que não existiu nenhuma reforma e tampouco o imóvel pertencia a Lula, como descobriram que o resto do prédio é da Mossak, lavanderia internacional que presta serviços a empresários. Foram atrás de um sítio e em nenhum cartório, gaveta, cofre ou caixa de laranjas há documentos afirmando que Lula é dono da propriedade.

De Lula só descobriram que é torcedor roxo do Corínthians.

Foto reproduzida da Internet

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