Editorial

Alguém viu o Queiroz por aí? Pergunta no posto Ipiranga!

A pergunta se faz necessária porquanto o ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz, faltou pela segunda vez ao depoimento que iria prestar no Ministério Público do Rio, na sexta-feira (21). A defesa de Queiroz alegou novamente motivos de saúde para não aparecer na oitiva marcada para esclarecer movimentações atípicas em sua conta, apontadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). O MPRJ informou que também pedirá para que Flávio Bolsonaro preste esclarecimentos sobre o caso, no dia 10 de janeiro.

De acordo com o MPRJ, o advogado de Queiroz informou que seu cliente “precisou ser internado na data de hoje (sexta-feira), para realização de um procedimento invasivo com anestesia, o que será devidamente comprovado, posteriormente, através dos respectivos laudos médicos”. A defesa se comprometeu a apresentar os referidos laudos até o próximo dia 28.

Alguém sabe dizer qual a clínica ou hospital Queiroz realizou o tal procedimento invasivo e pra que? Não né, tá igual aquela música “Conceição”, ninguém sabe ninguém viu.

Pois é, tem razão o jornalista Jefferson Miola, colunista do site Brasil 247, quando afirma que “não é preciso ser adivinho para presumir como a Lava Jato agiria se Fabrício Queiroz fosse petista ou outro inimigo do regime de exceção. Assim como não é necessário grande esforço de raciocínio para concluir que a Lava Jato safou da cadeia o chefe do Queiroz, o deputado Flavio Bolsonaro, como também livrou Jair Bolsonaro de investigações sobre os [pelo menos] R$ 24 mil depositados na conta da esposa Michele e sobre a retenção de 99% do salário da Nathália Queiroz – contratada como “laranja” no gabinete em Brasília”; para ele, “a Lava Jato abafou o quanto pode a participação do Queiroz. Ele somente foi descoberto devido ao vazamento do Coaf que a onipresente falange do Moro não conseguiu evitar” .

Miola afirma ainda que “Queiroz foi escondido pela Lava Jato desde sempre. É preciso recordar que a Operação Furna da Onça, da Lava Jato/RJ, deliberadamente excluiu Flavio Bolsonaro da investigação realizada nos gabinetes dos 10 deputados e 16 assessores que incorreram nos mesmos ilícitos e que, em vista disso, foram presos”.

Por inexplicável coincidência, os Bolsonaro demitiram Queiroz e a filha Nathália dias antes da Furna da Onça ir a campo, numa espécie de “limpeza” da cena do crime.

Como se observa, caro leitor, talvez nem no posto Ipiranga, onde se sabe de tudo e tem de tudo, alguém possa responder o paradeiro de Queiroz. Certamente deve está escondido na Furna da Onça.

Claro e óbviamente Queiroz vai aparecer quando o seu patrão-mor, Jair Bolsonaro tomar posse como presidente da República de Bananas no dia 1º de janeiro. Aí a onça vai beber água sem ser na Furna, mas no Planalto.

A conferir!

Imagem reproduzida da Internet

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