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por Carlos Alberto Barbosa
Com pesquisas feitas como quem troca de roupa, as oposições bolsonaristas no Rio Grande do Norte querem alavancar as pré-candidaturas ao governo do estado de Fábio Dantas (Solidariedade), e de Rogério Marinho (PL) ao Senado.
Com números pífios em duas pesquisas realizadas após o lançamento da sua pré-candidatura a governador, Fábio Dantas só tem destaque na blogosfera bolsonarista porque na realidade a situação é outra. Pesa sobre ele principalmente o fato de ter sido vice-governador do ex-governador Robinson Faria, pai do ministro das Comunicações, Fábio Faria, que deixou quatro folhas salariais do funcionalismo público estadual em atraso. Os servidores não esquecem isso.
Por outro lado, o ex-ministro de Bolsonaro, Rogério Marinho, teve um alívio temporário. O ministro do STF, Dias Toffoli, concedeu uma liminar – ou seja, uma decisão provisória e válida até o julgamento definitivo do habeas corpus – pedida pela defesa de Marinho no caso que trata da nomeação de funcionários fantasmas na Câmara Municipal de Natal entre 2005 e 2007, período em que o ex-ministro era presidente da Casa.
Detalhe: com o entendimento, Toffoli contrariou uma decisão unânime da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que no início de abril manteve o processo contra Rogério Marinho.
Mas, apesar do alívio temporário, o julgamento de Rogério Marinho certamente será nas urnas. Criada na esteira do golpe contra Dilma, o qual Rogério Marinho teve participação votando como deputado federal pelo impeachment da petista, a reforma trabalhista que Rogério Marinho foi relator, foi um engodo e não criou empregos como o prometido, só fazendo tirar direitos dos trabalhadores.
Um estudo publicado por pesquisadores do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades (Made-USP) concluiu que a “reforma” trabalhista aprovada em 2017 “não apresentou efeito estatisticamente significante sobre a taxa de desemprego”. O resultado da pesquisa, divulgada esta semana, desmonta o argumento do governo golpista de Michel Temer, autor da “reforma”, que à época estimava que a precarização dos direitos dos trabalhadores criaria entre 2 e 6 milhões de empregos.
Portanto, Rogério Marinho junto com Fábio Dantas deverão ser julgados nas urnas pelo mal que fizeram aos trabalhadores e ao funcionalismo público estadual. O primeiro por ter sido relator da reforma trabalhista, um verdadeiro “algoz” da classe trabalhadora, e o segundo por ter sido auxiliar e cúmplice de um governo que atrasou salários de servidores públicos.
É o que tenho sempre dito: o que incomoda o brasileiro não é a corrupção, é a economia quando afeta o seu bolso. E tanto a reforma trabalhista quanto o atraso de salários atingiram diretamente o bolso de trabalhadores e servidores públicos do Rio Grande do Norte.
A conferir!
Foto: Agora RN
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