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por Carlos Alberto Barbosa

O colunista Pedro Doria, que escreve no Estadão, fez uma análise bastante pertinente sobre o fascismo digital. Segundo Doria, “há um aspecto da composição do governo bolsonarista que é muito pouco discutido: na linguagem que usa para se apresentar ao mundo digital, ele transmite uma ideologia neofacista. O motivo pelo qual se fala tão pouco deste lado é porque estes códigos são poucos conhecidos”.

De fato, Pedro Doria tem razão. Vejamos o exemplo agora do gesto racista e neonazista de Filipe Martins, assessor especial de Jair Bolsonaro para política externa. Semelhante ao sinal conhecido como OK, mas com três dedos retos em forma de ‘W’, o gesto transformou-se em um símbolo de ódio de grupos supremacistas. O gesto de “OK” feito por Filipe Martins durante uma sabatina do Senado tem muitos significados para diferentes grupos. Isso é uma atitude subliminar aproveitando que a sabatina estava sendo transmitida pela TV Senado.

Depois de ser flagrado, Filipe Martins mentiu e disse que estava apenas arrumando a lapela do seu terno. Ele poderia ter sido preso em flagrante por seu gesto, mas agora será investigado por racismo.

Da mesma forma as redes sociais são utilizadas com a mesma intensidade pelo “Gabinete do Ódio”. O uso do gesto é um exemplo do chamado “dog whistle”– quando algum símbolo é exposto em público em uma linguagem dúbia, podendo significar nada para o público em geral, mas sendo uma mensagem inequívoca para um grupo específico. Tem esse nome porque os apitos, usados para chamar a atenção de cachorros, praticamente não são ouvidos por humanos.

Mas o fascismo digital também se utiliza de mentiras. Esta cultura está disseminada também entre ministros do governo Bolsonaro, que aqui e acolá divulgam mentiras como se fossem verdades para confundir a sociedade. Aliás, o “Messias” Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República usando uma dessas plataformas, ou seja, plantando Fake News nas redes sociais.

O que se esperar de um governo e de um presidente que planta o ódio para dividir o país? Um destes já se foi, Donald Trump, nos Estados Unidos. Espera-se agora que o outro, no caso, Jair Bolsonaro, também se vá em breve.

A conferir!

Imagem reproduzida da Internet