Editorial

Bolsonaro continua jogando fora das quatro linhas e sabe do risco que é

O presidente Jair Bolsonaro insiste em jogar fora das quatro linhas. Depois de promover uma solenidade nas dependências do Palácio do Planalto para prestigiar o deputado Daniel Silveira (PTB), que recebeu indulto presidencial após o STF (Supremo Tribunal Federal) condená-lo a 8 anos e 9 meses de prisão e perda de mandato por discursos de ódio e atos antidemocráticos, ele convocou seus apoiadores a irem as ruas no 1º de maio, dia dedicado ao Trabalhador, para manifestar apoio ao parlamentar.

Bolsonaro gravou um vídeo (foto) exibido a apoiadores neste domingo (1º) em ato na avenida Paulista em apoio ao seu governo e ao correligionário. O presidente também foi a uma manifestação, em Brasília, mas não discursou. No entanto, no vídeo gravado endereçado aos apoiadores, deixou de forma explícita que já está em campanha pela reeleição.

Agradeço ao criador pela minha vida e a todos vocês por terem acreditado e terem me ofertado essa missão de conduzir o destino do Brasil. Venceremos porque o bem sempre vence o mal. Muito obrigado a todos vocês. Deus, pátria, família” .

Em meio ao desemprego em alta, inflação subindo, combustíveis tendo preços majorados semana sim outra sim, Bolsonaro parece está mais preocupado em salvar sua pelo do que tentar sanar os problemas que afligem o país em provocações aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Dias atrás Bolsonaro fraquejou e disse em público que não será uma Jeanine Añez, ex-presidente interina da Bolívia, presa e investigada por estar envolvida na derrubada de Evo Morales em 2019.

Durante evento chamado de “ato cívico pela liberdade de expressão”, o ocupante do Palácio do Planalto disse que a prisão da ex-presidente da Bolívia, por atos antidemocráticos, se assemelha com o que ocorre no Brasil atualmente.

No mesmo evento Bolsonaro deixou escapar uma informação que diz ter:

Recebeu “informes” sobre um possível pedido de prisão do vereador Carlos Bolsonaro, no âmbito do inquérito das fake news.

“O cerceamento da liberdade de expressão e das redes sociais não atingem apenas a mim. Quem foi meu marqueteiro? Foi o Carlos Bolsonaro. Por várias vezes, chegou informes para mim de ameaça de prisão [dele] por fake news. Vai prender o filho do presidente por fake news? É grave? É”, disse o presidente.

“Como é grave prender qualquer um. Mais grave ainda prender um parlamentar que tem liberdade para defender o que ele bem entender e usar da palavra como bem quiser também. Isso é liberdade. Dessa forma, podemos sonhar com um Brasil melhor”

Apesar disso, o presidente da República não falou como recebeu essas informações, nem de onde elas vieram.

Como se observa, Bolsonaro sabe das implicações que é jogar fora das quatro linhas.

A conferir!

Imagem reproduzida do g1

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