Editorial

Bolsonaro dá mais um sinal de que não aceitará o resultado das urnas em caso de derrota. E convoca apoiadores à `guerra´

Diante de uma possibilidade de vitória do ex-presidente Lula (PT), já em primeiro turno nas eleiçoes presidenciais de outubro, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato a reeleição, dá mais um sinal de que, se perder, não aceitará o resultado das urnas.

Além do discurso de ódio e antidemocrático contra as instituições de justiça no país – Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE) -, atingindo alguns de seus ministros, como Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Edson Fachin, e colocar em dúvida a lisura das urnas eletrônicas, já testadas e comprovadamente seguras, Bolsonaro, que já havia pedido para a população de bem se armar, convocou seus apoiadores para uma “guerra” em defesa do que chama de liberdade e para evitar que o Brasil siga o caminho de países que elegeram presidentes de esquerda, como Argentina, Venezuela e Chile.

Em discurso inflamado na cidade de Umuarama (PR), na sexta-feira (3), o capitão pediu que seus apoiadores se informem sobre a “guerra” que pretende promover contra seus adversários políticos. Ficam as perguntas: onde estão estas informações e que tipo de guerra contra seus adversários será essa que Jair Bolsonaro pretende promover?

“Não apenas eu, mas todos nós temos problemas internos no Brasil. Surgiu uma nova classe de ladrão, que são aqueles que querem roubar nossa liberdade” disse Bolsonaro no discurso na cidade paranaense. “Se precisar iremos à guerra, mas quero o povo ao meu lado consciente do que está fazendo e porque está lutando,” enfatizou o presidente da República.

Bolsonaro disse ainda que não cabe apenas às Forças Armadas defender o país e que não se pode esperar 2023, 2024 para “ver a situação do Brasil e falar do que não fizemos em 2022”. O que quis dizer Jair Messias Bolsonaro com isso?

O presidente do TSE, ministro Edson Fachin tem ressaltado sempre em suas falas as ameaças à democracia.

“Não tenhamos dúvida: no Brasil de hoje, estão em xeque as liberdades públicas e está em xeque a eficácia da escolha popular”, afirmou.

O golpe pós-eleitoral excita reações que, antes de vitórias e derrotas, não costumam expandir-se. Fato!

Foto reproduzida da Internet

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