Artigo

Chega a ser patético!

por Carlos Alberto Barbosa

Com todo o respeito que o cargo merece, mas o presidente Jair Bolsonaro pousando ao lado do ministro da Justiça, Sérgio Moro, com a camisa do Flamengo num jogo do time carioca em Brasília, para tentar ser popular e demonstrar que tá tudo normal na relação com o ex-juiz federal, após o escândalo dos diálogos entre o então juiz federal, Moro e o procurador da força tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, para tentar impedir Lula de ser novamente candidato à Presidência da República, levando-o a sua prisão, como revelou no último domingo (9) o site The Intercept, chega a ser patético.

Diria ser um marketing de quinta categoria para conquistar a popularidade, que, aliás, alguns ainda acham que Bolsonaro tem. Não custa lembrar que quando o Palmeiras foi campeão brasileiro, o mesmo Jair Bolsonaro que pousou ontem de torcedor flamenguista ajudou a levantar a Taça de Campeão junto com os jogadores do time paulista. Isso me faz lembrar o general Médici, que quando presidente do Brasil no auge da ditadura militar, ia aos jogos do Flamengo no Maracanã numa falsa popularidade enquanto quem era contra o regime na época era torturado ou assassinado nos porões da ditadura.

Popularidade não se conquista com marketing barato. Popularidade se conquista de forma espontânea, o que certamente Bolsonaro não consegue. Na própria foto se ver um Sérgio Moro constrangido e de forma ridícula com a camisa rubro-negra sobre o terno que estava vestindo. Uma verdadeira forçação de barra, quando o país atravessa uma grande crise política-social e econômica. A bem da verdade, acho até que Sérgio Moro nem gosta de futebol, pela cara dele, e muito menos é torcedor do Flamengo.

Bolsonaro e Moro devem é tá preocupados com os vazamentos dos diálogos entre o ex-juiz e o procurador da Lava Jato Dallagnol. Segundo o site
The Intercept , em mensagem do dia 22 de abril de 2016, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, relatou a Moro que teve uma conversa naquele dia com o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na conversa, segundo ainda o relato divulgado pelo The Intercept , Dallagnol diz que o ministro Fux, declarou apoiou a Moro – que, à época, era o juiz responsável pelos processos da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná – em uma “queda de braço” com o então ministro do Supremo Teori Zavascki, morto em janeiro de 2017 em um acidente aéreo. Na ocasião, Teori era o relator da Lava Jato no STF.

Portanto, não é vestindo a camisa do Flamengo que o escândalo será abafado, certamente.

A conferir!

Foto reproduzida da Internet

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