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Editorial

Deixar Bolsonaro “sangrar” pra que se já se tem uma avalanche de denúncias. O bolsonarismo é resiliente

As jornalistas Helena Chagas, do Jornalistas pela Democracia, e Malu Gaspar, de O Globo, informam que tanto a Polícia Federal como o Supremo Tribunal Federal vão deixar o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) “sangrar” o suficiente para só então sair o pedido de sua prisão. Lembro que o bolsonarismo é resiliente e para esse povo não adianta de nada o sangramento de Bolsonaro, vão continuar acreditando na sua inocência.

Aliás, o pedido de prisão preventiva já deveria ter sido feito, tendo em vista que Bolsonaro sinalizou fugir do país quando disse num evento público em Goiânia, dias atrás, em claro e bom som, que sabia dos riscos que corre em solo brasileiro. Bolsonaro também fez uma ameaça velada ao seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, ao declarar que ele seria um Kamikaze – suicida – ao se referir a possibilidade dele [Cid] fazer delação premiada conforme cogitou o seu advogado Cezar Bitencourt. Mauro Cid está preso desde maio, no âmbito de uma investigação que apura um suposto esquema de fraudes de cartões de vacina contra a Covid-19. No entanto, de acordo com a PF, Cid também é investigado no caso que envolve as joias da coroa.

Aqui enumero alguns questionamentos do jornalista Moisés Mendes, do Brasil 247, onde ele pontua na sua visão o fato de Bolsonaro ainda não está preso.

-Não vale para Bolsonaro, para requerer uma prisão preventiva, o conjunto da obra que vale para outras situações e valeu, por deliberação política, para a farsa do impeachment de Dilma Rousseff.

-Não vale juntar elementos dos crimes da pandemia, da fraude do cartão da vacina, das muambas das joias, da lavagem de dinheiro, da conspiração contra a eleição e da tentativa de golpe contra Lula.

-Não é assim que funciona. A possibilidade de prisão hoje depende dos crimes dos muambeiros. E não há, segundo os especialistas, nada que possa justificar uma prisão preventiva nesse caso.

-Nada indica a existência de riscos para o que está sob investigação. Nem o telefonema de madrugada do advogado de Bolsonaro para o advogado de Mauro Cid.

-Não haveria nada de surpreendente na decisão do advogado de Mauro Cid, depois do telefonema, de recuar, na sexta-feira, da delação que havia anunciado na quinta.

-Bolsonaro está no centro de tudo. Todas as provas e os indícios reunidos até aqui têm seus rastros. Todos os envolvidos em todos os crimes eram seus assessores.

E Mendes conclui:

O Brasil quer saber se Bolsonaro pode ser preso, assim como prenderam Sara Winter, Delcídio do Amaral, Roberto Jefferson, Daniel Silveira, Anderson Torres, Mauro Cid, os sete PMs golpistas do Distrito Federal e mais de 1,4 mil manés, a maioria ainda sem condenação.

Não haverá cura dos traumas do fascismo sem a prisão de Bolsonaro. É só isso.

Perfeito Moisés Mendes!

Foto reproduzida da Internet



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