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Está no Brasil 247
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (26) que a democracia está em risco no mundo com a ascensão de forças de extrema direita. A declaração foi feita durante o discurso de encerramento do Fórum Empresarial Brasil-Japão, em Tóquio, diante de um público composto por empresários e autoridades políticas de ambos os países.
Lula destacou que os movimentos de extrema direita que negam a ciência, as vacinas e as mudanças climáticas representam uma ameaça ao equilíbrio político e social global. “A democracia corre risco no planeta com eleição de extrema direita negacionista que não regula a vacina, não regula a instabilidade climática e não permite sequer considerar partidos políticos, sindicatos e outras coisas. E a negação da política não traz nenhum benefício para a humanidade. Inclusive, os negacionistas não querem sequer atender o cumprimento do Protocolo de Kyoto”, afirmou o presidente brasileiro.
O discurso ocorreu na presença de Shigeru Ishiba, primeiro-ministro do Japão, e de importantes representantes do setor empresarial e político brasileiro, incluindo o presidente do Congresso Nacional, o senador Davi Alcolumbre (União-AP), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Lula aprovou uma ocasião para enfatizar a importância do multilateralismo e da cooperação econômica entre Brasil e Japão.
“Quando fui candidato a presidente pela terceira vez, eu disse que era importante trazer ao Brasil a normalidade política e a civilidade democrática. Nessa ocasião eu disse que era preciso ter estabilidade política, estabilidade econômica, estabilidade jurídica e estabilidade social. E é isso que estamos conquistando”, afirmou o petista.
Críticas ao protecionismo e defesa do livre comércio
Em uma crítica indireta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Lula condenou o protecionismo econômico, afirmando que o mundo não pode voltar à lógica da Guerra Fria. “Nós não queremos uma segunda Guerra Fria. O que nós queremos é comércio livre para que as pessoas possam definitivamente fazer com que nossos países se estabeleçam no movimento da democracia, no crescimento econômico e na distribuição de riqueza”, declarou.
O presidente ressaltou que o Brasil busca consolidar-se como um destino confiável para investimentos e defendeu a previsibilidade como um fator-chave para o investimento de capital estrangeiro. “Ninguém pode ser pego de surpresa com mudança de lei, com mudança de decreto, com mudança de portaria a todo santo dia. É preciso que a regra do jogo seja exigida da mesma forma que a regra do jogo de um campeonato de futebol”, disse Lula.
Lula citou como exemplo a reforma tributária aprovada em seu governo, que simplificou o sistema de impostos e garantiu maior segurança jurídica aos investidores. Ele também destacou a importância de parcerias estratégicas entre empresas brasileiras e japonesas, mencionando o papel histórico do Japão na modernização do agronegócio brasileiro por meio do Programa de Desenvolvimento Agrícola do Cerrado (PRODECER).
Mudanças climáticas e compromisso com o etanol
Outro ponto central do discurso foi a questão climática. Lula elogiou a decisão do Japão de aumentar o percentual de bioetanol na gasolina, uma medida que, segundo ele, poderá trazer impacto positivo para o meio ambiente. “Quando o Japão fala que é possível fazer uma mistura de 10%, eu fico acreditando e torcendo para que isso aconteça porque será uma revolução na questão climática no nosso país”, disse o presidente.
Lula ressaltou que o Brasil tem uma matriz energética baseada em fontes renováveis, com mais de 90% da geração elétrica proveniente de hidrelétricas, e reafirmou o compromisso de zerar o desmatamento da Amazônia até 2030. “A descarbonização não é uma escolha, é uma necessidade e grande oportunidade. O envolvimento do setor privado é simplesmente fundamental”, reforçou o petista.
Foto reproduzida da Internet
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