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por Carlos Alberto Barbosa

Em que pese as críticas dos negacionistas por desconhecimento ou má-fé mesmo, o último decreto editado pelo governo do Rio Grande do Norte no que diz respeito a prevenção da vida e da saúde das pessoas, com relação a crise sanitária que se instalou no mundo, no Brasil e no estado, em que proíbe a circulação de pessoas aos domingos e amplia o horário do toque de recolher, pode-se dizer obteve resultados satisfatórios.

Conforme gráfico acima, o índice de isolamento social no domingo (7) no Rio Grande do Norte foi o terceiro mais alto desde o início da pandemia e o mais elevado do país neste fim de semana. As altas taxas de ocupação dos hospitais das redes pública e privada motivou o governo do RN a adotar medidas mais rígidas para conter a disseminação da covid-19. Portanto, o governo Fátima Bezerra (PT) está correto em adotar medidas de proteção a saúde e a vida dos potiguares.

“O cenário epidemiológico requer medidas mais duras para que juntos possamos, mais do que nunca, fortalecer o pacto pela vida”, justificou Fátima Bezerra. “Não vou iludir a população do Rio Grande do Norte dizendo que basta abrir leitos de UTI pra gente resolver a situação. Não basta. Nesse momento se faz imprescindível aumentar o isolamento social e isso passa por a gente adotar medidas mais restritivas”, enfatizou a governadora ao anunciar o decreto na sexta-feira (5).

Aos negacionistas de plantão devo dizer que governo nenhum deseja fechar comércio, shoppings, fábrica, hotéis, bares e restaurantes, até porque deixa de arrecadar ICMS para arcar com seus compromissos com fornecedores e pagamento de salários dos servidores. No entanto, preservar a vida e a saúde das pessoas tá em primeiro lugar e assim pensa o governo do PT.

Os negacionistas, alguns até médicos – pasme – deveriam saber que profissionais de saúde sofrem também com a crise sanitária. O estresse é grande nos hospitais, sejam eles da rede pública ou privada. A capital potiguar e a Região Metropolitana já estão com os hospitais colapsados. Na semana passada, por exemplo, o governo teve que transportar pacientes na aeronave do estado para o interior, pois não havia mais vagas nos hospitais de Natal e região.

É hora da solidariedade. O próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, em posição oposta ao presidente Jair Bolsonaro, que é um negacionista, declarou que “sem saúde, não há economia”. Guedes defendeu em vídeo, divulgado na quinta-feira (4), vacinação em massa contra a Covid-19 e “primeiro, a saúde” porque “sem saúde, não há economia”.

O site Brazil Journal, uma das referências para os investidores defendeu, em editorial, o impeachment de Jair Bolsonaro, uma vez que ele já cometeu diversos crimes de responsabilidade e representa uma ameaça existencial aos brasileiros. O texto é uma sinalização de que, mesmo com Paulo Guedes, ele vem perdendo apoio no chamado “andar de cima”.

Diz trecho do editorial:

Jair Bolsonaro perdeu qualquer condição moral para continuar governando o País. Sua remoção do cargo é uma questão de saúde pública, de vida ou morte para milhões de brasileiros.

As cenas da comitiva brasileira aceitando usar máscara em Israel chocam por sua perversidade.

Aqui dentro, o Governo zomba do distanciamento social, se irrita quando alguém se apresenta de máscara e — apesar de nosso histórico de sucesso nas vacinações em massa — sabotou todas as medidas de prevenção da pandemia. Mas lá fora, quando um governo soberano estrangeiro manda, os funcionários do povo brasileiro aceitam — cordeirinhos! — usar a máscara que a Ciência recomenda.

Ou seja: aqui dentro, Ignorância, Negação e Morte. Lá fora, Normalidade.

Portanto, agora não é a oposição que está pedindo o impeachment de Bolsonaro não, é o PIB mais alto do país, mola mestra da economia que pede a saída de Bolsonaro.

A conferir!

Imagem reproduzida da Internet