Política

Escândalo do MEC: STF pede para PGR se manifestar em mais um pedido para investigar Bolsonaro

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O Supremo Tribunal Federal (STF) pediu nesta quarta-feira (29) para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre um pedido para que seja apurada eventual interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Polícia Federal (PF) durante as investigações sobre o esquema de corrupção no Ministério da Educação (MEC).

A PF apura o favorecimento de pastores na distribuição de verbas do MEC. Na última quarta-feira (22), o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e pastores denunciados foram presos. Um dia depois, eles foram soltos, por decisão da Justiça.

Segundo interceptação telefônica feita pela Polícia Federal, em 9 de junho, Ribeiro disse a uma filha que Bolsonaro havia lhe relatado “pressentimento” de que o ex-ministro poderia ser usado para atingir o presidente. Na conversa, Ribeiro também fala da possibilidade de ser alvo de busca e apreensão, como de fato foi, dias depois.

“Hoje, o presidente me ligou. Ele está com um pressentimento novamente de que podem querer atingi-lo através de mim, sabe?”, disse Ribeiro. Em seguida, o ex-ministro afirma: “Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa, sabe? Bom, isso pode acontecer, se houver indícios, mas não há porquê”, disse o ex-ministro.

Este é o quarto pedido que o Supremo envia à PGR (veja mais abaixo). A nova decisão é da ministra Cármen Lúcia que afirmou que vê o “gravidade incontestável” na situação. A ministra analisou uma notícia-crime apresentada ao Supremo por senadores do PT.

O envio é praxe nesse tipo de caso. Cabe à PGR decidir se há elementos para abrir uma investigação formal contra Bolsonaro.

Quatro pedidos

Cármen Lúcia também encaminhou para a Procuradoria pedidos dos deputados Reginaldo Lopes, Israel Batista para que o presidente seja investigado.

O ministro Alexandre de Moraes também remeteu para a PGR um pedido do senador Randolfe Rodrigues para abertura de inquérito também pela suposta interferência.

O advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, disse ter sido autorizado pelo presidente a dizer à imprensa que ele “não interferiu na PF” e que não tem “nada a ver com essas gravações”.

Foto reproduzida da Internet

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