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O Ministério Público do Paraná (MP-PR) cumpriu um mandado de busca e apreensão no escritório do deputado federal Ricardo Barros (PP), em Maringá, no norte do Paraná, na manhã desta quarta-feira (16). Barros é líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados desde agosto e foi ministro da Saúde de 2016 a 2018, durante o governo Temer.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, a investigação envolve fraudes na contratação de energia eólica e começou com base em informações da colaboração premiada da Operação Lava Jato, que foram enviadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em novembro de 2019.
As fraudes ocorreram, ainda conforme o Gaeco, entre o final de 2011 e o ano de 2014. Os crimes investigados são corrupção e lavagem de dinheiro.
Além do escritório de Barros, há mandado de busca e apreensão em São Paulo contra Delmo Sérgio Vilhena.
Em nota, Ricardo Barros, que está no sexto mandato na Câmara e já foi prefeito de Maringá, disse que está tranquilo e em total colaboração com as investigações. O parlamentar reafirmou ter a sua conduta ilibada e informou que solicitou acesso aos autos do processo para poder prestar mais esclarecimentos à sociedade e iniciar sua defesa.
“Ricardo Barros, relator da lei de abuso de autoridade, repudia o ativismo político do judiciário”, diz trecho da nota.
Mandados judiciais
Segundo o Gaeco, oito mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça. Além de Maringá e São Paulo, há ordens sendo cumpridas em Curitiba e em Paiçandu, que também fica na região norte do Paraná. Quatro empresas são investigadas na ação, ainda conforme o MP-PR.
As ordens estão sendo cumpridas em:
investigações
Os investigadores do Paraná querem saber a relação entre Vilhena com Ricardo Barros e a esposa dele, Cida Borghetti, ex- governadora do Paraná.
Conforme a Polícia Civil, na casa de Delmo Vilhena foram encontradas notas fiscais de hotéis de Maringá em nome dele e cadernos com anotações à época dos fatos investigados. Os policiais também apreenderam documentos, computadores e celulares.
A ação é realizada pelo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP e conta com a ajuda da ajuda da Polícia Civil.
Foto: Alex Magosso/RPC
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