Artigo

Fica provado mais uma vez que a senha é o nome `Lula´

por Carlos Alberto Barbosa

Cada vez me convenço mais de que Lula tinha razão ao dizer para o juiz Sérgio Moro, que para alguém conseguir delação premiada para diminuir sua pena a senha era o nome dele.

De fato nos últimos dias isso tem ficado bastante evidente principalmente após a decisão na semana passada da 2ª turma do STF (Supremo Tribunal Federal) de retirar das mãos de Moro trechos da delação da Odebrecht que citam o ex-presidente Lula no caso do sítio de Atibaia.

Hoje, por exemplo, o jornal O Globo destaca em sua edição que o engenheiro Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, e um dos investigados da Operação Lava Jato, está prestes a assinar um acordo de delação premiada com os procuradores da força-tarefa da operação em Curitiba. Preso desde novembro de 2014, Duque acaba de se tornar colaborador formal da força-tarefa em um acordo internacional e está em negociações avançadas para delatar também nos casos da Lava Jato no país.

O ex-diretor foi condenado a 57 anos de prisão por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Veja, caro leitor, que Renato Duque está preso desde 2014, e só agora a força tarefa decide negociar a diminuição da pena dele. Para corroborar suas revelações, Duque reúne documentos, extratos bancários, planilhas, fotografias dele com investigados, adianta O Globo, e sugere na reportagem que “a delação pode complicar a vida do ex-presidente Lula”.

Ou seja, preso desde 2014 só agora a força tarefa decidiu negociar a delação premiada com Renato Duque. Estranho muito estranho mesmo.

Não está sendo diferente com o ex-ministro Antonio Palloci.

Na semana passada a Polícia Federal no Paraná concluiu acordo de delação premiada com o ex-ministro Antonio Palocci. Preso preventivamente em Curitiba desde setembro de 2016 em razão da Operação Lava Jato, Palocci havia tentado fechar acordo com o Ministério Público, mas não teve sucesso.

Palocci foi condenado pelo juiz Sergio Moro em junho do ano passado a 12 anos de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva envolvendo contratos com a Odebrecht na construção das sondas da Sete Brasil e o Estaleiro Enseada do Paraguaçu.

Para valer, a delação ainda tem que ser homologada pela Justiça, o que certamente deverá ocorrer esta semana.

Em tempo: leia Editorial do blogdobarbosa sobre a delação de Palloci clicando aqui

Imagem reproduzida da Internet

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